A partida aconteceu com portões fechados e arquibancadas vazias, mas a disputa em campo entre Cruzeiro e Vasco foi intensa e evidenciou a importância do jogo na luta contra o rebaixamento. Os conflitos entre Paulo Autuori e os jogadores do Vasco foram o centro das atenções.
No primeiro tempo, as reclamações se concentraram na arbitragem, com destaque para a pressão da equipe do Cruzeiro por uma atuação mais ágil de Leandro Pedro Vuaden, alegando provocação por parte do time do Vasco.
As cobranças não se limitaram aos jogadores e à comissão técnica. Integrantes da diretoria do Cruzeiro, presentes em um camarote central do estádio, fizeram questão de ser ouvidos durante todo o jogo.
Até mesmo um dos gandulas, posicionado atrás do gol de Rafael Cabral, se envolveu em uma discussão com Praxedes, do Vasco, após o jogador receber atendimento médico e ser acusado pelo funcionário de estar retardando o jogo. Em meio ao silêncio no estádio, o gandula rebateu: “Vai se catar, rapaz”. Os médicos do Vasco reportaram a situação ao quarto árbitro.
No entanto, o clima esquentou quando o jogo estava empatado em 1 a 1 e se encaminhava para o fim do primeiro tempo. Paulo Autuori se irritou com o atacante Rossi, desencadeando uma discussão entre jogadores das duas equipes.
Pelo lado do Vasco, foi Vegetti quem se dirigiu a Autuori: “Você está falando demais”. Maicon também se aproximou do técnico: “Você é o responsável por acalmar o jogo e não o está fazendo. Acalme-se que eu faço o mesmo daqui”.
Dos jogadores do Cruzeiro, dois reservas acompanharam de perto as discussões e responderam aos adversários. O goleiro Anderson se dirigiu a Vegetti: “A sua idade equivale ao número de títulos dele”. E Lucas Oliveira falou com Rossi: “Respeite o Autuori”. A discussão continuou na saída para o vestiário minutos depois, mas com menos intensidade.
Pouco antes disso, o Cruzeiro teve um pênalti que resultou na virada. A marcação da penalidade revelou algo curioso, possível apenas devido à ausência de público. Mesmo distantes, os membros da diretoria gritavam a todo momento que era pênalti, ao analisarem as imagens da transmissão. Os jogadores reservas, que ouviam os relatos, pressionavam a arbitragem à beira do campo.
No segundo tempo, o clima entre os jogadores foi mais tranquilo, com exceção do lance do gol de empate do Vasco. Maicon, que havia sido substituído, comemorou em direção ao banco do Cruzeiro e foi questionado por Anderson e Lucas Oliveira: “Por que está olhando para cá? Está olhando o quê? Comemore para o outro lado”, gritou o goleiro.
Nos minutos finais da partida, as reclamações foram direcionadas à arbitragem. O Vasco contestou a anulação de um gol de Vegetti. Já pelo lado do Cruzeiro, Machado envolveu-se em uma discussão com o quarto árbitro, Murilo Francisco Misson Júnior, após o término do jogo, e precisou ser contido por Paulo Autuori: “Olha o que eu te falo. Vai arrumar confusão?”
Fonte: ge