De acordo com a ESPN, a substituição no comando técnico já era planejada desde o início do Campeonato Brasileiro, especialmente após as dúvidas surgidas nas semifinais do Campeonato Carioca, onde o time enfrentou o Flamengo.
As vitórias sobre Santos e Sport não foram suficientes para aliviar a pressão intensa sobre Carille, que enfrentou vaias constantes nos jogos em São Januário.
No entanto, o jogo que mais desagradou a diretoria foi o empate fora de casa contra o Melgar na CONMEBOL Sul-Americana. Durante a competição, Carille precisava vencer os confrontos com Puerto Cabello e Sport, e, mesmo tendo conquistado os três pontos, o desempenho foi abaixo do esperado.
Apesar de ter ganho uma “sobrevida” após a atuação do time no empate contra o Flamengo, o treinador acabou sendo demitido apenas dois jogos depois.
Ainda segundo a ESPN, havia um consenso entre o presidente Pedrinho, o diretor executivo Marcelo Sant’Ana e outros dirigentes de que o estilo do futebol praticado pela equipe não estava à altura do potencial do elenco.
Carille dirigiu o time em 21 partidas, obtendo nove vitórias, cinco empates e sete derrotas, com um aproveitamento de 50,7%. Conforme a reportagem, o treinador e sua comissão têm direito a uma multa rescisória de R$ 500 mil.
“Responsabilidade é minha pelo trabalho que está sendo realizado”, declarou Pedrinho no comunicado sobre a demissão de Carille. “Continuo acreditando nas minhas convicções. Aqui dentro percebemos que a realidade é diferente. Há questões emocionais a serem consideradas. O ambiente estava bom, Carille é uma pessoa especial, assim como sua comissão.”
“Pelo contexto, a responsabilidade tende a recair sobre o treinador, mas ela é minha. Não é fácil fazer uma troca, mas às vezes é necessário. Para mim, pessoalmente, foi uma decisão difícil, já que sou muito sensível a questões humanas. Nunca serei insensível, trato todos de forma cordial.”
E agora, quem vai assumir o Vasco?
Segundo a ESPN, Pedrinho está avaliando dois cenários para o próximo período da temporada. O nome que mais agrada é o de Fernando Diniz, cuja abordagem, segundo o presidente, se alinha com o perfil do elenco do Vasco.
Por outro lado, o dirigente não deseja comprometer o orçamento do clube com um salário elevado.
Quando treinava o Cruzeiro, por exemplo, Diniz recebia cerca de R$ 1 milhão por mês, um valor que o Vasco não está disposto a pagar. Se o treinador estiver disposto a negociar por um valor menor, as conversas podem avançar.
A possibilidade de efetivar Felipe Maestro, que assumirá interinamente, também está em consideração. Após a partida contra o Cuiabá na última rodada do Brasileiro de 2024, muitos jogadores pediram a Pedrinho a promoção do auxiliar. No entanto, preocupado com as críticas sobre “empregar amigos”, o presidente não aceitou naquele momento.
O fato é que o cenário atual é considerado diferente, especialmente porque, sob a direção interina de Rafael Paiva, o Vasco teve seu melhor desempenho em 2024. Embora se trate de profissionais distintos, a estratégia pode ser repetida novamente.
Fonte: ESPN