O potencial de construção de São Januário finalmente saiu do papel. Nesta terça-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assinou o projeto de lei que viabilizará a reforma do estádio do Vasco. Agora, é preciso que a Câmara de Vereadores aprove para que o clube tenha os recursos necessários para a obra.
– Tenho a honra de firmar o projeto de lei que permitirá a construção do novo estádio de São Januário. O que estamos fazendo é aproveitar o potencial de construção de São Januário, o que poderia ser construído lá, e transferi-lo para outra área da cidade, na Barra da Tijuca. Isso permite a captação de recursos. No entanto, não permitimos que os recursos sejam destinados em dinheiro para o Vasco. Exigimos que esses recursos sejam usados para a construção do novo estádio de São Januário – disse Paes em uma publicação nas redes sociais.
O prefeito, que é torcedor do Vasco e teve várias reuniões com o clube ao longo do mandato do presidente Jorge Salgado, se colocou à disposição dos demais clubes do Rio de Janeiro:
– Este foi um pedido desde o início da gestão do presidente Salgado, a quem gostaria de homenagear e agradecer. E deixa um recado: estamos negociando com o Fluminense, o Botafogo já está no Engenhão e estamos abertos ao Flamengo, para ajudar os clubes do Rio de Janeiro – afirmou Paes.
O projeto de lei assinado pelo prefeito prevê a doação de um terreno ao Vasco na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Enquanto aguarda a aprovação dos vereadores, o clube já se adiantou e vendeu esse potencial de construção. Apesar de ainda não poder fechar o negócio, já há um pré-acordo de venda para um empreendimento na Barra da Tijuca. Os valores giram em torno de R$ 500 milhões.
O potencial de construção refere-se à quantidade de construções possíveis em um terreno próprio, respeitando a zona da cidade onde ele está localizado. Cada cidade possui um plano diretor com características específicas para cada região. E cada uma dessas áreas possui suas próprias regras de construção.
O terreno onde São Januário está localizado, por exemplo, é enorme e possui um grande potencial de construção, mas um estádio não requer o uso de todo esse potencial. A negociação com a prefeitura visa a autorização para que essa capacidade excedente de construção seja transferida para o Vasco em outro local.
Com o dinheiro proveniente da venda do potencial de construção, o Vasco realizará a reforma e expansão de São Januário. O clube baseia-se no projeto desenvolvido pela WTorre durante a gestão do ex-presidente Alexandre Campello, elaborado pelo arquiteto Sérgio Dias. A capacidade seria de até 43 mil torcedores.
Fonte: ge