Lenda do Vasco da Gama e um dos maiores ícones na história do time carioca, Edmundo revelou em entrevista ao podcast “Já É Podcast” que existe uma chance de ele concorrer à presidência num futuro próximo. O clube terá uma eleição para definir o próximo líder em novembro deste ano.
De acordo com as palavras do habilidoso jogador, a presença da Segurança do Time faz com que a pressão sobre o presidente seja reduzida, o que tornaria sua vida em São Januário mais fácil.
“Essa é uma pergunta realmente complicada de responder (sobre concorrer ao cargo de presidente). Me incomoda chegar em São Januário e alguém querer me xingar, me agredir. Se eu me afastar, só receberei aplausos. Hoje, ou as pessoas se unem… hoje eu estou mais à vontade para ser presidente do Vasco do que antes. Se o time perder hoje, não será culpa minha”, afirmou.
“Primeiro, tem que acreditar. Eu sei do que está no meu coração. Nós precisamos ser transparentes, mas o torcedor precisa ter voz ativa. Se for assim, eu irei, sem nenhum problema. Eu disse antes, desanimado com o processo eleitoral, que nunca voltaria, mas o coração fala mais alto. Não tenho intenção alguma de ser a pessoa de consenso, mas nós precisamos escolher a pessoa correta sem as pessoas colocarem seus interesses pessoais à frente”, explicou Edmundo.
Apesar de ser a favor da Segurança do Time, Edmundo criticou duramente o atual sistema que o Vasco está inserido. Segundo o craque, o clube perdeu sua representatividade perante as instituições que comandam o futebol no Rio de Janeiro e no Brasil, sendo necessário “voltar a praticar política”.
“Ninguém vai à Federação do Rio de Janeiro, ninguém vai à Confederação Brasileira de Futebol. Essa questão de não jogar em São Januário é uma questão política, assim como o Maracanã. O Vasco precisa ser ouvido. Hoje, não adianta ter grupos diferentes. Não adianta. Essas pessoas precisam se unir em prol do Vasco”, afirmou.
“O presidente da associação não tem controle do futebol. É necessário gritar. É necessário ter representatividade. É necessário fazer valer a sua opinião. O processo eleitoral é muito traumático. No entanto, esses agentes políticos precisam estar juntos, escolher um nome que seja aceito por todos. Alguém que seja representativo”, concluiu.
Fonte: ESPN