Nesta segunda-feira (16), completam-se dois meses que Payet chegou ao Rio de Janeiro para iniciar a sua trajetória no Vasco. Mais de cinco mil torcedores foram até o Galeão, de madrugada, para dar boas-vindas ao francês. A festa da torcida mostra o impacto da contratação, que sem dúvida é a mais comentada dos últimos anos. No entanto, até agora, o jogador camisa 10 ainda não alcançou todas as expectativas em relação ao seu desempenho.
Payet estreou no dia 2 de setembro, no empate com o Bahia, em 1 a 1, na Arena Fonte Nova. O camisa 10 entrou no segundo tempo e, apesar de estar fora de ritmo, deixou uma boa impressão. Ele protagonizou o lance mais marcante da partida, quando deu um passe perfeito para Jair marcar, mas o volante chutou para fora. Essa jogada ainda é lembrada pelos torcedores do Vasco.
Desde então, Payet foi utilizado em todos os jogos pelo técnico Ramón Díaz, mas só foi titular em duas partidas, nas vitórias sobre o Coritiba e o América-MG. Na goleada sobre o Coxa, por 5 a 1, ele deu uma assistência, sendo a única contribuição em gol do francês pelo Vasco. O camisa 10 foi reserva nos últimos dois jogos e provavelmente continuará no banco de reservas no jogo contra o Fortaleza, na quarta-feira (18), em São Januário.
O que falta para Payet brilhar?
O Vasco acredita que Payet ainda está se adaptando ao futebol brasileiro e recuperando sua melhor forma física. Antes de estrear pelo Cruz-Maltino, o francês ficou mais de 100 dias sem jogar, e isso tem influenciado seu desempenho em campo. Além disso, o técnico Ramón Díaz ainda está buscando a melhor formação para escalar o camisa 10.
Nos dois primeiros jogos, contra Bahia e Fluminense, Payet entrou no segundo tempo e jogou como meio-campista, com liberdade para se movimentar e atuando atrás de dois atacantes, no esquema 4-3-1-2. Ele teve boas atuações, sendo importante na criação de jogadas e ditando o ritmo da equipe.
Já na partida contra o Coritiba, Payet atuou como atacante pelo lado esquerdo, ficando mais fixo na posição. Apesar da assistência, o camisa 10 teve um desempenho discreto. Vale ressaltar que a fragilidade do adversário fez com que o francês não precisasse se desgastar tanto na marcação. Já contra o América-MG, Payet enfrentou dificuldades e foi substituído no intervalo, mesmo com o Vasco jogando com um jogador a mais após a expulsão de Iago Maidana.
Após esse jogo, Payet perdeu a titularidade, mas foi utilizado contra Santos e São Paulo. Em ambas as partidas, ele atuou como atacante pelo lado esquerdo, mas não teve destaque. Contra o São Paulo, o francês teve uma grande chance de marcar, mas preferiu passar a bola em vez de finalizar, mesmo estando cara a cara com o goleiro.
Como Payet deve ser escalado no Vasco?
Analisando as temporadas anteriores, fica claro que Payet não é mais um ponta, mas sim um meio-campista. Na temporada passada, sua última pelo Olympique de Marseille, ele foi escalado no ataque, mas não conseguiu se firmar como titular, marcando apenas 4 gols e dando três assistências em 27 jogos. O mapa de movimentação desta temporada no Vasco é semelhante ao mapa de jogos pelo Olympique.
Dimitri Payet temporada 2022/23
Fonte: Sofascore
- 27 jogos (11 como titular)
- 4 gols (todos dentro da área)
- 1 pênalti convertido
- 3 assistências
- 16 finalizações dentro da área
- 12 finalizações fora da área
- 4 grandes chances criadas
- Nenhum cartão amarelo recebido
Na temporada 2020/2021, como meio-campista do Olympique, com liberdade de movimentação em campo, Payet teve grande destaque. Ele foi titular em 41 dos 46 jogos que disputou, com 14 gols marcados e 13 assistências.
Dimitri Payet Temporada 2021/22
Fonte: Sofascore
- 46 jogos (41 como titular)
- 16 gols (4 de fora da área)
- 7 pênaltis convertidos
- 1 pênalti sofrido
- 13 assistências
- 35 finalizações dentro da área
- 62 finalizações fora da área
- 25 grandes chances criadas
- 8 cartões amarelos recebidos
Quais são as opções de Ramón Díaz?
O desafio do técnico argentino é encontrar uma vaga para Payet no Vasco, mas isso não é tarefa fácil. O time já está acostumado a jogar no esquema 4-1-4-1 e tem sido competitivo dessa maneira. Nessa formação, o francês poderia ocupar a posição de Praxedes. No entanto, Ramón Díaz parece não querer mexer no trio de meio-campo formado por Zé Gabriel, Paulinho e Praxedes.
A outra opção seria tirar um dos pontas e mudar para o esquema tático 4-3-1-2. Dessa forma, o trio do meio-campo seria mantido, e Payet jogaria centralizado, atrás de dois atacantes, Vegetti e mais um, que poderia ser Gabriel Pec ou Rossi, os atacantes titulares pelos lados do campo.
Fonte: Lance!
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