A contenda entre Vasco e 777 Partners, em relação ao controle da Sociedade Anônima do Futebol do clube, provavelmente será resolvida em um período que varia de um ano e meio a dois anos, tempo médio para a conclusão de processos de arbitragem.
As partes irão se confrontar na Câmara FGV de Mediação e Arbitragem, escolhida por ambas como o tribunal responsável para resolver suas divergências.
A instalação da Câmara Arbitral ainda demandará de 30 a 60 dias, e somente depois disso o processo terá início. Cada parte deverá designar um árbitro, podendo contestar a indicação feita pela parte adversária. A partir desse momento, a tramitação terá início.
No entanto, existe a possibilidade de um desfecho mais rápido. Caso surja um interessado em adquirir a parte da 777, a transação poderá ser decidida dentro do processo de arbitragem. Alguns defendem essa como a melhor solução para ambas as partes, visto que resolveria o impasse e proporcionaria segurança jurídica ao investidor.
Contextualização do caso
Os desentendimentos surgiram após a nova gestão do clube assumir no início do ano, sendo eles os responsáveis por acionarem a arbitragem, conforme previsto no contrato.
A justificativa reside no fato de que a 777 está envolvida em processos de fraude nos Estados Unidos e não tem cumprido suas obrigações financeiras internacionais, criando um panorama arriscado para o Vasco. O grupo americano tem um prazo até setembro para efetuar o próximo investimento no clube.
Recentemente, a Justiça do Rio de Janeiro transferiu o controle da SAF para o Vasco, retirando-o das mãos da 777. Mesmo tendo recorrido, a empresa não obteve sucesso em reverter a decisão. Agora, com o caso em arbitragem, é improvável que a Justiça comum prossiga com a ação, pois não é o fórum competente para tal desfecho.
Fonte: Metrópoles