O consórcio Maracanã para Todos, liderado pelo Vasco, mencionou em sua proposta a existência de um documento comprobatório com a SAF do Botafogo, porém, esse documento nunca foi apresentado. Houve tentativas de contato por parte do Cruz-Maltino, mas o Botafogo recuou devido à proximidade de John Textor, dono do clube, com Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, impossibilitando qualquer envolvimento indireto na disputa pelo estádio.
As discussões entre as diretorias das duas entidades, que mantêm bom relacionamento, incluíam a possibilidade do Botafogo ceder jogos no antigo Maior do Mundo. A proposta dos vascaínos ainda contemplava a perspectiva de uma possível parceria na “operação do equipamento” mesmo com a concessão do Estádio Nilton Santos.
“Os jogos de maior destaque, clássicos e partidas eliminatórias precisam ser realizados no complexo para que suas grandes torcidas possam comparecer em massa para apoiar o Gigante da Colina e o Fogão”, afirmava trecho da introdução da proposta do Vasco.
Em resumo, a proposta inicial do Vasco contava com a participação do Botafogo como mandante em jogos no Maracanã, inclusive em partidas que não fossem contra o time de São Januário, no entanto, esbarrou na decisão de John Textor.
O proprietário da SAF Botafogo rejeitou o avanço na forma de negócio, o que fez com que essa possibilidade permanecesse apenas no papel da proposta do Vasco e da WTorre, sem a documentação comprobatória que foi apresentada pelo Santos (possíveis 35 jogos) e pelo Brusque (5 jogos).
Textor desenvolveu uma amizade próxima com Rodolfo Landim, a quem inclusive visitou durante a pré-temporada do Flamengo nos Estados Unidos, o que influenciou em sua decisão.
A posição do empresário sempre foi a de se manter afastado do Maracanã, graças também à sua boa relação com Landim, tendo projetos futuros envolvendo o Estádio Nilton Santos, como a criação de novas arquibancadas para aproximar os torcedores do campo e a instalação de restaurantes dentro do estádio.
A proposta vascaína
Na disputa com a dupla Fla-Flu pela concessão do Maracanã, o Vasco buscava o envolvimento do Botafogo no número de jogos proposto na concorrência. O clube de São Januário e a WTorre incluíram acordos para realização de partidas com Santos e Brusque e tentaram contato com o Botafogo.
No entanto, as negociações não avançaram, e o Vasco e a WTorre não obtiveram o documento da SAF alvinegra em sua proposta. Nos bastidores, a diretoria do Botafogo demonstrou surpresa com a mencionada participação no processo de licitação do Maracanã, pois atualmente não há interesse em atuar no estádio. Por outro lado, em São Januário, a versão apresentada difere, indicando que houve tratativas, mas posteriormente o Botafogo recuou.
O Vasco disponibilizou 34 datas, juntamente com 35 do Santos e sete do Brusque. Contudo, os jogos listados pelo consórcio vascaíno com o Santos e o time catarinense foram rejeitados no parecer do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: ge