Enquanto o presidente Pedrinho e outros dirigentes do Vasco comemoravam a aprovação do projeto de lei que viabilizará a reforma de São Januário, o arquiteto Sérgio Moreira Dias se emocionava na tribuna da Câmara de Vereadores do Rio na última terça-feira. Ele chorou copiosamente antes de se juntar aos companheiros no tradicional grito de “Casaca” puxado pelo vereador Alexandre Isquierdo, acompanhado por cerca de 30 torcedores presentes na sessão.
Sérgio é o encarregado pelo projeto que, além de modernizar o estádio, buscará aproximar o local das comunidades da Barreira, Tuiuti e Arará, vizinhas do estádio. Para isso, ele se inspirou na queda do Muro de Berlim.
Sérgio explicou a razão de sua emoção. Cresceu ouvindo histórias de seu avô, Albertino Moreira Dias, um dos pioneiros do futebol do Vasco, sobre a inclusão de negros, pobres e operários no time. Ele viu a oportunidade de deixar sua marca na história do clube ao ser convidado para liderar a renovação de São Januário.
Seu time de arquitetos conta com Ana Carolina Dias, Clarissa Pereira, Felipe Nicolau e William Freixo.
Um aspecto singular do projeto é a integração com a comunidade da Barreira do Vasco, vizinha do estádio. Muros serão demolidos para criar uma praça pública que conectará a região à São Januário, reforçando os laços e quebrando barreiras.
No ano passado, um parecer judicial mencionou disparos de armas de fogo próximos ao estádio originados na comunidade, o que levou Sérgio a citar a inspiração retirada da Guerra Fria para justificar a integração.
Outros pontos destacados na entrevista de Sérgio:
Aumento da capacidade de público
O estádio terá capacidade superior a 40 mil pessoas, com previsões de expansão para 47 mil espectadores, seguindo demandas atuais com ajustes a serem apresentados em breve.
Caldeirão
O projeto visa maior proximidade da torcida ao campo, com mudanças nas arquibancadas e proposições para aumentar a interação entre clube e torcedores.
Próximos passos para a construção do estádio
O projeto passará por aprovações técnico-legais para, então, iniciar a construção, com previsão de término em até três anos. Estima-se obter a licença no final do ano para dar início à obra.
Esplanada aberta para a Barreira do Vasco
A área aberta integrará o estádio à comunidade, promovendo a convivência e criando novas oportunidades para os moradores locais, buscando uma conexão mais profunda.
Outros pontos abordados por Sérgio:
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O arquiteto Sérgio Dias compartilhou sua expectativa em transformar a história do clube através de um estádio mais moderno e amplo para acomodar todos os torcedores.
Fonte: ge
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