Segundo o técnico, os gols nos momentos finais “estão nos perturbando demais”. Contra o Bragantino, a equipe vascaína também manteve a vantagem até o final, mas sofreu o empate nos últimos instantes.
“O desempenho no desfecho das partidas é o que está nos perturbando demais, estamos cientes disso”, afirmou o treinador.
“É preciso evoluir nesse aspecto rapidamente. Contra o Fluminense, fizemos um jogo consistente, equilibrado do começo ao fim. No entanto, necessitamos de mais jogos desse nível, isso tem nos custado alguns pontos importantes. Poderíamos estar em uma posição melhor na tabela, mais tranquilos. Precisamos responder imediatamente”, completou.
Na visão de Rafael Paiva, saber controlar o jogo é diferente de “prolongar a partida”, por exemplo.
“Compreendo quando se fala em futebol sul-americano, mas acredito muito mais na necessidade de evoluirmos em buscar o gol o tempo todo, marcar o terceiro tento, o quarto gol, continuar atacando, mantendo o equilíbrio ofensivo. Para mim, isso é mais relevante do que ficar prolongando o jogo. Acredito que devemos desenvolver mais essa mentalidade de buscar o gol incessantemente, de vencer por 3 a 1, por 4 a 1, de perseguir o terceiro gol o tempo todo, mesmo cientes do perigo. Creio verdadeiramente nisso”, destacou o treinador do Vasco.
“Penso que o futebol sul-americano possui muita qualidade, esse estilo de jogo já não é comum. O patamar que queremos atingir requer muito mais do que isso, do que apenas prolongar o jogo, parar a partida. Tivemos oportunidades ali dentro da grande área”, concluiu.
Confira outras partes da entrevista de Rafael Paiva:
Por que optou por começar com Léo na defesa?
– Sobre o Léo, o Maicon ainda estava com vestígios de alguma lesão que poderia ser mais grave. São decisões que precisamos tomar, de encontrar sempre a dupla titular para jogar, mas também vamos fazer rodízio nos jogadores. Acredito que essa dupla ainda não está definida, estamos testando. Esse rodízio vai ocorrer. Tenho total confiança em todos eles, estão dando conta do recado. Infelizmente, a vitória escapou mais uma vez nos momentos finais.
A atitude do Criciúma surpreendeu?
– Conhecíamos a eficácia do Criciúma, eles têm uma transição muito rápida, são velozes no contra-ataque, possuem um ataque ágil pelo perfil dos jogadores. Já sabíamos que íamos sofrer com isso, e não conseguimos controlar aquela bola no segundo tempo. Conseguinte, entramos no jogo após o gol, fizemos uma boa partida, estamos evoluindo em alguns aspectos.
– Quanto ao Bolasie e Alano, sabíamos que iriam tentar mais penetrações. São jogadores muito fortes, que atacam bastante em profundidade. No começo, sofremos um pouco ali, mas depois ajustamos. Conseguimos encurtar os espaços, neutralizar essas investidas com êxito. Não consigo recordar outra situação clara do Criciúma nesse contexto. Já esperávamos essa pressão, mas conseguimos controlar em certo momento.
Vegetti faz falta (ele foi poupado)?
– Sempre. Vegetti é um jogador de extrema importância para nós, pela liderança, por ser um atleta que domina muito a área. Ele nos proporciona muitas opções ofensivas. No entanto, gostaria de destacar que Rayan marcou hoje, David também, estão desempenhando muito bem em algumas partidas. Contra o Fluminense, ele foi muito bem. Adson é um jogador muito constante. É fundamental salientar o quanto esses jogadores são essenciais. Rayan fez uma partida excelente, sentiu um pouco o ritmo no segundo tempo, mas é normal, já esperávamos isso. Precisamos do grupo. Se quisermos alcançar voos mais altos, com ambição de uma melhor colocação na tabela, não podemos depender de um só jogador. Alguns jogadores deram uma resposta muito positiva. Precisamos fazer alguns ajustes para seguir em busca dos três pontos.
Faltam alternativas no banco?
– Em relação às substituições, é muito difícil substituir o Payet por um jogador à altura. Ele tem um estilo de jogo único, é muito técnico, experiente, raramente perde a bola sob pressão, está ganhando cada vez mais ritmo. Ainda não consegue sustentar todo o jogo, mas está evoluindo nesse aspecto. Realmente é complicado encontrar um jogador com a mesma qualidade. Obviamente, sempre tentaremos potencializar os jogadores que temos. Os jovens têm muito talento, falta um pouco de experiência em alguns momentos. Queremos dar experiência através das vitórias, isso acelera o desenvolvimento deles.
Fonte: ge