Será a última partida sob o comando do técnico interino Rafael Paiva, que obteve uma vitória, um empate e uma derrota em três jogos. A única incógnita é a participação do meia-atacante Adson, que retornou aos treinamentos com bola, mas ainda não tem presença confirmada na partida. Após o empate em 0 a 0 no primeiro jogo, o Vasco precisa vencer para avançar de fase. Caso ocorra novo empate, a decisão será nos pênaltis.
Além disso, esta será a única partida do time cruz-maltino até o dia 2 devido à paralisação de duas rodadas do Brasileirão devido ao desastre meteorológico no Rio Grande do Sul. Dessa forma, Pacheco terá 11 dias para treinar a equipe e implementar suas primeiras ideias de trabalho.
Jogadores que podem se destacar no novo projeto
O trabalho de destaque do treinador ocorreu no Vitória de Guimarães, sendo sua primeira experiência de sucesso na elite do futebol português. Com uma campanha histórica no clube, terminou na quinta posição, somando 63 pontos. A equipe teve ainda o quinto melhor ataque (52 gols marcados) e a quinta melhor defesa (38 gols sofridos).
Taticamente, o técnico pode adotar uma estratégia que favoreça o estilo de jogo do Vasco, porém, será necessário fazer ajustes caso opte por replicar a linha defensiva com três jogadores, com destaque para o uso constante das alas. No início da temporada, o esquema com três defensores e liberdade aos laterais Lucas Piton e Paulo Henrique foi frequente com Ramón Díaz, obtendo sucesso inicial, porém, prejudicado pelo desgaste físico do time.
A adaptação do esquema vascaíno necessitará de algumas alterações. Paulo Henrique, em baixa após perder a posição para João Victor, é o jogador mais próximo do papel de ala que Pacheco utilizava em Portugal, onde os jogadores na posição abriam o jogo e buscavam o gol com frequência. Puma Rodríguez, com poucas aparições na temporada, possui características compatíveis com essa função. Na lateral esquerda, o titular Lucas Piton, peça-chave tecnicamente, tem um comportamento distinto em campo, priorizando os cruzamentos, assim como fazia no time de Álvaro.
No meio-campo, é provável que o treinador opte por volantes com boa saída de bola. Nesse cenário, Sforza tem se destacado nesse início de campeonato e é quase uma certeza no time. O recém-chegado Hugo Moura e Zé Gabriel terão uma disputa mais acirrada com Galdames, devido à versatilidade do chileno, que transita bem entre o meio e o ataque. Embora Galdames não esteja em boa fase com a camisa vascaína, há espaço para a concorrência, pois as formações 3-4-3 e 3-5-2 foram as preferidas do treinador na última temporada, utilizadas em 82% dos jogos.
Payet mais próximo de Vegetti?
A principal incógnita no trabalho de Pacheco estará no setor ofensivo. O treinador valoriza atacantes móveis, capazes de explorar espaços e auxiliar na marcação. Desde o período de Ramón Díaz, o Vasco enfrenta dificuldades e falta de regularidade nas pontas. Rossi, assim como os jovens Rayan e Erick Marcus, tiveram oportunidades, mas nenhum se firmou. David é quem mais corresponde nessa posição, sendo um jogador forte e veloz, podendo se destacar ainda mais com decisões mais acertadas.
Payet, atualmente atuando mais centralizado, pode ser adiantado para se aproximar da linha ofensiva, com liberdade para servir Vegetti, peça fundamental na equipe de Álvaro, que alternou entre André Silva (hoje no São Paulo) e Jota Silva na referência. Clayton, reserva de Vegetti e com capacidade de jogar pelas pontas, conhecido do futebol português, pode ganhar mais espaço. Com Ramón Díaz, o atacante de 25 anos teve apenas 124 minutos em campo.
E Philippe Coutinho?
Caso a negociação entre o Vasco e o talentoso Philippe Coutinho seja concretizada, será uma adição de extrema importância para o segundo semestre. O meia-atacante, além da qualidade técnica de alto nível, atua bem centralizado, com habilidade para finalizações de fora da área. Uma solução valiosa para suprir lacunas no ataque e na conexão com os meias.
Fonte: Extra