Mesmo sem ser o mandante do clássico, o Fluminense, um dos parceiros na gestão do Maracanã, deveria se envolver mais na busca por uma solução. A opção de jogar em Cariacica (ES) foi descartada por questões de segurança, o Botafogo não demonstrou interesse em ceder o Nilton Santos aos rivais e o Batalhão Especial de Policiamento dos Estádios impediu a realização do jogo em São Januário. Com isso, começa a surgir nos bastidores a possibilidade de levar a partida para locais no Norte e Nordeste, o que pode não ser favorável logisticamente para os torcedores tricolores.
O time comandado por Mano Menezes, que irá enfrentar o Cuiabá neste domingo na Arena Pantanal, terá a oportunidade de realizar três partidas no Rio antes do duelo com o Grêmio, em Porto Alegre, pelas oitavas da Libertadores, contra Bahia, Juventude (pela Copa do Brasil) e Vasco. Uma sequência que não seria possível se o clássico fosse disputado fora do Sudeste. Ou seja, para o Vasco, que conta com uma grande torcida em todo o país e está em uma situação mais confortável no Brasileirão, jogar em Manaus ou Belém, por exemplo, não seria um problema. Porém, para o Fluminense, a situação é outra.
É inadmissível que os tricolores não possam atuar no Maracanã, mesmo não sendo o mandante no clássico. É compreensível a preocupação com o jogo do Flamengo contra o Bolívar na semana seguinte, válido pelas oitavas da Libertadores. Porém, isso não pode se sobrepor ao interesse do futebol carioca, tendo em vista que o estádio é um patrimônio público. O Maracanã foi cedido para a gestão conjunta de Flamengo e Fluminense pelos próximos 20 anos, mas seu propósito principal de servir aos clubes do Rio deve ser mantido. Portanto, o Fluminense precisa agir de forma mais incisiva para garantir a realização do clássico no estádio.
Fonte: Blog Gilmar Ferreira – Extra