O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu, em uma audiência nesta quarta-feira à tarde, manter a proibição de acesso ao estádio São Januário. Por dois votos a um, o local permanecerá fechado ao público. O Vasco tem a opção de recorrer da decisão no Supremo Tribunal de Justiça, em Brasília.
O clube Vasco está, entretanto, em negociações com o Ministério Público do Rio de Janeiro para um possível Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Isso resultaria em um acordo com o MP. Caso isso ocorra, o processo será encerrado. O advogado Rodrigo Siqueira defendeu o Vasco nessa audiência.
A relatora, desembargadora Renata Cotta, e o desembargador Carlos Santos de Oliveira se posicionaram contra a reabertura. Já a desembargadora Andréa Pacha defenderia a autorização para a presença de público no estádio.
O caso foi julgado pela Segunda Câmara de Direito Privado em uma audiência presencial na sede do tribunal, no Palácio da Justiça, localizado no Centro do Rio de Janeiro. São Januário está fechado para o público há 69 dias, desde o dia 22 de junho, quando o Vasco foi derrotado pelo Goiás, na 11ª rodada do Brasileirão.
Os desembargadores consideraram prematuro permitir a reabertura do estádio antes da realização da perícia. Isso é uma frustração para o Vasco, que aguarda a conclusão desse processo. A perita solicitou 90 dias para concluir, mas a Justiça havia determinado previamente que a perícia fosse concluída em 30 dias. Já se passaram 69 dias.
O desembargador Fernando Foch, que presidia a audiência, começou o julgamento fazendo uma reflexão sobre o que “emociona ou não”, mencionou as estatísticas de moradores de rua no Rio de Janeiro e em São Paulo, citou também “indivíduos marginalizados” na “área de consumo de drogas” e afirmou que “nada disso nos emociona, mas o futebol nos emociona”.
Ele lembrou que havia processos pendentes do Vasco e ameaçou prender qualquer pessoa que se comportasse “como se estivesse em uma arena” durante a audiência.
Fonte: ge