O empate em 1 a 1 diante do Bragantino trouxe um gosto amargo para o Vasco. O duelo realizado neste sábado em São Januário revelou dois tempos de jogo bem distintos, porém unidos por um fator em comum: desacertos individuais dos vascaínos que determinaram a vitória do Bragantino.
O Vasco optou por poupar alguns jogadores no confronto contra o Bragantino, devido ao cansaço acumulado após a sequência de quatro partidas fora de casa nos últimos 15 dias. Com o embate decisivo pela Copa do Brasil marcado para a próxima terça-feira contra o Atlético-GO, Rafael Paiva escolheu montar o time sem Vegetti, Piton, David e Coutinho, considerando também as ausências de Paulo Henrique e Mateus Carvalho, que estavam suspensos.
Primeiro tempo: equipe desarticulada e pouco eficaz
A estratégia adotada foi formar um meio-campo mais controlador, com Souza, Sforza e Hugo Moura, visando manter a posse de bola, tendo GB como um atacante móvel, colaborando com Payet e Adson na criação das jogadas. Contudo, o erro de Léo logo no início da partida condicionou o Vasco a correr atrás do prejuízo desde os primeiros minutos. O zagueiro vacilou ao tentar afastar a bola e foi desarmado pelo atacante do Bragantino.
Em desvantagem no placar, com um meio-campo pouco dinâmico e a falta de um jogador de referência à frente, o Vasco teve dificuldades para ameaçar o Bragantino. Apesar das boas movimentações de Adson e Payet, a finalização deixou a desejar. O time se mostrou desorganizado em campo, com grande foco no lado direito do ataque, explorando as subidas de Pumita, com poucas jogadas pelo lado esquerdo, com Victor Luís.
Segundo tempo: presença na área e ritmo intenso
No intervalo, Rafael Paiva promoveu a entrada de Vegetti no lugar de Souza, alteração que mudou o cenário da partida. O Vasco passou a ter mais presença na área e conseguiu impor seu jogo. Em apenas 15 minutos, a equipe marcou dois gols, virando o placar e tendo oportunidades para ampliar a vantagem. Adson e Payet comandaram as ações, Vegetti e GB se destacaram no setor ofensivo, e o time como um todo elevou o nível de atuação, inclusive os laterais, que não haviam ido bem na primeira etapa.
Os gols da virada vascaína surgiram a partir do apoio dos laterais. No primeiro, Payet encontrou Victor Luís, que fez o cruzamento para GB concluir. No segundo, Puma lançou Vegetti, que dominou para Adson finalizar com precisão, vencendo o goleiro Lucão.
As primeiras substituições realizadas por Paiva mantiveram o time bem em campo, com o Vasco controlando o jogo. Contudo, David e Zé Gabriel não tiveram o mesmo desempenho. Ambos falharam no lance do gol de empate do Bragantino. David deixou Helinho livre para armar a jogada, enquanto Zé Gabriel não acompanhou o atacante adversário, que empatou a partida sem marcação.
Ensinos relevantes visando a Copa do Brasil
Após duas derrotas (para Grêmio e Atlético-MG) e um empate onde foi dominado do início ao fim (frente ao Atlético-GO), o Vasco voltou a apresentar um bom futebol — especialmente no segundo tempo diante do Bragantino.
Fica evidente que a sequência de jogos fora de casa prejudicou o desempenho da equipe. Piton e Vegetti, destaques do Vasco na temporada, são dois dos atletas com mais minutos em campo e, por isso, foram preservados.
Para o jogo da próxima terça-feira, o Vasco terá Paulo Henrique, Mateus Carvalho e Lucas Piton mais descansados, trio que não atuou neste sábado. Vegetti foi poupado por boa parte do jogo, David foi preservado, e Payet retornou em boa forma e com bom tempo de jogo.
O Vasco precisa minimizar os erros. Contra o Fortaleza, na terceira fase da Copa do Brasil, a equipe cedeu duas vezes a vantagem devido a falhas individuais. O empate diante do Bragantino também teve como base deslizes defensivos individuais.
Avançar de fase contra o Atlético-GO é crucial não só para os objetivos esportivos e financeiros do Vasco nesta temporada, mas também para elevar a moral e a confiança da equipe visando uma sequência relevante no Brasileirão, com o intuito de se distanciar da zona de rebaixamento e se aproximar da parte superior da tabela. Porém, em um mata-mata, não há margem para erros.
Fonte: ge