O triunfo do Botafogo, confirmado momentos antes do início da partida em São Januário, poderia gerar uma certa apreensão para o Vasco. A possibilidade de um empate contra a Portuguesa poderia impedir a classificação do Cruzmaltino para a semifinal. No entanto, a torcida vascaína mal teve tempo para se preocupar. A equipe resolveu a situação rapidamente e ainda escapou de um confronto clássico contra Flamengo ou Fluminense na próxima fase.
A precisão nas finalizações se destacou na performance do Gigante da Colina. Isso resultou em uma vantagem confortável já no primeiro tempo, que foi ampliada com belas trocas de passes no decorrer da partida. Dimitri Payet mais uma vez demonstrou ser peça fundamental para uma temporada verdadeiramente distinta para o Vasco. Esses elementos explicam o placar de 4×0.
Escalações
Ramon Diaz reintegrou João Victor e Payet à equipe titular. Adson foi mantido na titularidade e Sforza substituiu o ausente Zé Gabriel. Sem o meio-campista Romarinho, a Portuguesa entrou em campo sob o comando do técnico interino Carlos Alberto Tozzi. O time foi escalado no esquema 4-2-3-1, com Anderson Rosa atuando próximo a Patrick Carvalho.
Demonstrando coragem em atuar dentro de São Januário, a Portuguesa talvez tenha pagado caro – e logo no início – por essa postura. Tentou pressionar a marcação desde os dois minutos, quase recuperou a posse da bola, porém teve o infortúnio de ver Paulo Henrique lançar Vegetti atrás da última linha defensiva. O atacante simplesmente tocou para Payet marcar com o espaço concedido.
O time visitante manteve uma postura agressiva sem a posse de bola, e ao recuperá-la buscou trabalhar com passes curtos, explorando a individualidade de Lucas Santos, ex-jogador do Vasco, pelo lado esquerdo, e dando liberdade de apoio aos laterais. Ronaldo chegou a obrigar uma grande defesa de Léo Jardim. O goleiro vascaíno novamente teve que intervir em um chute de Anderson Rosa, que acabaria em gol contra.
Apesar de não criar tantas oportunidades claras antes do intervalo, o Vasco aproveitou duas das quatro boas chances que teve para marcar. A equipe mostrou rápidas reações ao perder a posse de bola no campo de ataque, retomando-a e acelerando em trocas de passe envolventes. Adson se destacou nestes lances, atuando de forma livre. Iniciou próximo a Payet, ambos apoiando Vegetti, mas movimentando-se bastante durante o jogo.
Foi Adson quem marcou o segundo gol, com participações importantes de Galdamés, Payet e Piton. O gol surgiu pelo lado esquerdo, novamente o mais efetivo da equipe. Vegetti teve participação crucial nestas jogadas, e Sforza foi se soltando conforme a partida avançava. Foi ele, inclusive, quem pressionou após a perda de bola da Portuguesa, originando o erro e resultando no segundo gol do Vasco.
Fonte: Blog do Rodrigo Coutinho – ge