A controvérsia decorre das versões conflitantes apresentadas pelas partes envolvidas. Enquanto o Vasco alega que Ramón e seu filho, Emiliano Díaz, solicitaram demissão, o treinador afirma ter sido dispensado.
Visando resguardar seus interesses, o departamento jurídico do clube vascaíno coletou depoimentos de jogadores e funcionários que testemunharam o que o clube interpreta como o pedido de demissão de Ramón, logo após a derrota por 4 a 0 para o Criciúma.
Posteriormente, o Vasco iniciou o processo de rescisão contratual, considerando-o um pedido de demissão, o qual já foi validado pelo Ministério do Trabalho, não exigindo a assinatura do empregado.
No entanto, a rescisão federativa ainda não foi concluída, motivo pelo qual o nome de Ramón continua constando como técnico do Vasco no sistema da CBF, requerendo, para sua efetivação, a assinatura do treinador.
Por não manter mais vínculo empregatício com o Vasco, Ramón Díaz está livre para firmar contrato com qualquer equipe. O Corinthians desponta como um dos interessados no treinador. Caso o clube paulista concretize a contratação do argentino, não enfrentará obstáculos para registrá-lo na CBF, como foi o caso da inscrição de Álvaro Pacheco pelo Vasco, mesmo com o vínculo federativo com o antigo comandante.
No entanto, a assinatura de um novo contrato por parte de Ramón não o impede de acionar judicialmente o Vasco e pleitear o pagamento da multa rescisória, alegando ter sido demitido. Até o momento, o clube não foi notificado sobre essa questão, porém, prepara-se para um possível embate jurídico, confiando nos fundamentos que embasam sua defesa. Conforme estabelecido, o argentino tem um prazo de dois anos para acionar a SAF após a rescisão trabalhista.
Fonte: ge