Com a maior pontuação na combinação entre proposta técnica e financeira, Flamengo e Fluminense devem ser proclamados vencedores da licitação do Maracanã até a próxima semana, conforme previsão do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A atitude de recuo e desistência do recurso por parte de Fla e Flu é entendida como uma medida estratégica dos concorrentes para se precaverem de possíveis novas contestações por parte de Vasco e WTorre em relação ao resultado da licitação. No recurso apresentado, a equipe jurídica de Flamengo e Fluminense analisou a proposta financeira do Vasco e questionou a falta de detalhamento do plano de negócios, bem como a contabilização incorreta da outorga, o que teria “elevado de forma artificial o valor ofertado”.
Apesar disso, a proposta financeira do Vasco e da WTorre, no Consortium Maracanã Para Todos, ficou levemente abaixo da proposta do Consortium Fla-Flu, conforme números a seguir:
- Fla-Flu: R$ 20.060.864,12 anualmente.
- Vasco e WTorre: R$ 20.000.777,28 anualmente.
A pontuação final foi a seguinte:
- Fla-Flu: 120,2 pontos
- Vasco e WTorre: 97 pontos
A Sociedade Anônima do clube de São Januário e a construtora não recorreram nesta fase do processo, porém não descartam a possibilidade de recorrer à Justiça comum na disputa pela administração e operação do Complexo Maracanã ao longo de 20 anos.
Apesar da desistência do recurso, Flamengo e Fluminense se preparam para uma possível disputa judicial durante a futura gestão do Maracanã. Com o anúncio previsto para a próxima semana, a assinatura do contrato tende a acontecer em junho.
Desde abril de 2019, Flamengo e Fluminense estão à frente da administração do Maracanã, com um Termo de Permissão de Uso que foi renovado periodicamente. Somente na última renovação, após cobrança do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE_RJ), o Governo abriu para concorrentes, sendo o Vasco, que pleiteava participação na gestão, um dos concorrentes que desistiu do processo alegando favorecimento aos rivais cariocas no TPU (Termo de Permissão de Uso) do espaço público.
Fonte: ge