Diferente da estreia, onde terminou em 1 a 1 com o Nova Iguaçu, o Vasco desta vez teve Souza como titular na zaga. E, no decorrer do segundo tempo, Paulinho, Jair, Maxime Dominguez e Jean David entraram em campo, todos integrantes do elenco principal.
– O tempo para treinar é curto, mas precisamos nos adaptar, é a nossa realidade. O foco tem sido aproveitar bem os poucos dias de treino. Os jogadores que entraram hoje eram parte do nosso plano, sabíamos que precisávamos deles para ganhar ritmo. A contribuição desses atletas mais experientes foi notória, e isso melhorou o time no segundo tempo. Essa é a nova normalidade que precisamos encarar. Vamos fazer nosso melhor dentro do tempo que temos – disse o treinador.
Ramon Lima, técnico interino do Vasco, na partida contra o Bangu — Foto: André Durão / ge
– Conversei com o Fábio há dois dias, planejamos dar mais minutos para alguns jogadores, como Maxime, Jean, Jair, Paulinho e até o Souza. Tínhamos um esquema para o Jair e o Paulinho jogarem 45 minutos, o Maxime também, e o Jean por cerca de 30 minutos. O Souza foi uma grata surpresa ao aguentar o jogo todo – completou.
“Sobre a próxima partida, vamos discutir internamente”, finalizou.
Após mais um empate no estadual, Ramon Lima expressou a insatisfação no vestiário:
“Todo mundo está muito desapontado, mais um resultado empatado em casa”.
– Mesmo assim, têm que entender que isso faz parte da profissão que escolheram, não é hora de passar a mão na cabeça. Eles precisam se fortalecer. Vamos proteger, mas enfrentando os desafios. A insatisfação é clara – concluiu o comandante.
O Vasco volta ao gramado pelo Campeonato Carioca no próximo domingo, enfrentando o Boavista, às 19h (de Brasília), em Bacaxá, pela terceira rodada da Taça Guanabara.
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Mais jogadores podem ir para a Copinha (a exemplo de Lyncon e Alegria)?
– Acredito que esse é o planejamento. Temos um jogo nesta sexta-feira. Se tudo correr bem, jogaremos novamente no domingo. Precisamos passar por mais duas fases para que possam ser utilizados na próxima. O elenco está dividido em três partes: o time principal com Fábio (Carille), o que está comigo e o que está na Copinha. Lyncon e Alegria foram cedidos para essa fase decisiva. Estamos organizando as forças para manter um equilíbrio.
Planejamento
– Todos estão à disposição. Temos que dividir as forças, pois o elenco é reduzido. O objetivo é dar oportunidades a todos e observar nos treinos, que são escassos, quem merece jogar. Como mencionei, cedemos Lyncon e Alegria para a Copinha. JP está voltando de lesão, assim como Lucas Eduardo. Já sabíamos que o JP não conseguiria jogar os 90 minutos, e ele jogou um tempo. Estamos buscando dar chances para todos, tanto para os que estão no profissional, quanto os que voltaram de empréstimo e os da base. Estamos tentando equilibrar a situação.
Elogios a Paulinho
– O Paulinho aproveitou muito bem sua chance depois de uma ótima partida na estreia no Carioca. Ele foi convocado para a seleção após um bom desempenho. Temos uma boa leva de laterais, inclusive Léo, que ficou no banco com apenas 17 anos. Melim, que tem 16 anos, fez um jogo-treino hoje com o time principal. O Vasco conta com uma boa safra de laterais, tanto pela direita quanto pela esquerda, mesmo em meio a uma carência nacional.
Análise da atuação
– Cada partida tem sua dinâmica. Contra o Nova Iguaçu, sabíamos que teríamos um adversário mais entrosado, que nos marcaria individualmente. A estratégia era puxar os jogadores adversários e aproveitar a velocidade dos nossos atacantes. Para o jogo de hoje, o cenário era totalmente diferente. O Bangu não daria espaço nas costas e tentaria jogar pelo lado. No primeiro tempo, tentamos atuar com dois armadores, mas nosso meio campo estava disperso. Jogamos de modo excessivo por dentro, o que conversei com eles no intervalo. O comportamento no primeiro tempo não foi bom, e focamos demais em jogadas centrais. O que faltou foi movimentação nas laterais quando a bola estava na ponta, resultando em um jogo muito parado. No segundo tempo, fizemos algumas mudanças que alteraram a abordagem do jogo.
Melhora no segundo tempo
– O segundo tempo deve refletir nossa identidade, e não o primeiro. Conseguimos pressionar o Bangu defensivamente e aumentar nossa posse de bola, criando mais oportunidades de finalização. No primeiro tempo, tivemos poucas finalizações. O que discuto é o comportamento coletivo da equipe, independente das mudanças individuais.
Fonte: ge
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