— Temos enfrentado muita dificuldade ultimamente, seja com os resultados, seja jogando com menos jogadores. Isso tem direcionado nosso trabalho, fazendo com que a gente sofra mais do que gostaríamos, mas isso nos fortalece. Sofrendo, mas alcançando os resultados. Queríamos vencer hoje, mas o que conseguimos foi uma classificação extremamente importante. Estamos nos esforçando para evoluir, tenhamos obtido bons resultados no Brasileiro e na Copa do Brasil. Estamos felizes, sofrendo, mas alcançando nossos objetivos, que é o essencial.
O treinador também comentou a expulsão de Rayan, que recebeu o vermelho aos 41 minutos do primeiro tempo após inspeção do VAR. O atacante do Vasco deu um tapa em Esquivel após levar uma pancada do adversário do Athletico-PR. Na coletiva, Paiva não fugiu do erro do camisa 77, mas elogiou o potencial do garoto de apenas 18 anos.
— Sabemos como é complicado esse momento, pois a responsabilidade recai sobre quem fica. O Rayan tem ciência desse peso. Apesar da juventude, ele é um atleta preparado, com qualidade para jogar na seleção. Estamos cientes de que ele está em um processo de amadurecimento. Esses equívocos são situações que podem ser evitadas. O jogo estava intenso, especialmente depois do que ocorreu na primeira partida — analisou Paiva, ao acrescentar:
— Em um mata-mata, falamos bastante sobre a disciplina, e senti que ele não conseguiu se controlar, realmente errou, mas tenho plena confiança no potencial dele. Mesmo com o erro, ele está em evolução, e o que importa é o espírito do grupo que ficou em campo. Nos sacrificamos por ele também, porque sabíamos que se não passássemos, a pressão sobre ele seria imensa. Então, foi um esforço extra para avançar e aliviar a situação do Rayan.
Outros destaques da coletiva de Rafael Paiva:
Substituições no Vasco:
— Voltamos do intervalo com o Emerson porque sabíamos que precisávamos de um jogador mais forte, e teríamos que sacrificar o Payet, que vinha bem na partida. Ele também evoluiu bastante, está retomando seu melhor nível, mas precisávamos de um atleta que marcasse na beirada do campo. As mudanças foram feitas nos laterais, que sentiram o ritmo do jogo. O Piton teve um desconforto no pé e tivemos que colocar Victor Luís. O PH também já estava cansado, e Puma é conhecido por sua habilidade em jogadas de bola parada e pênaltis. Até seguramos alguns atletas para não perder mais ninguém. O Hugo também foi um guerreiro. O crucial é que quem entrou cumpriu seu papel. Estamos formando um elenco com mais de 11 jogadores, e isso demonstra a força do grupo, o que nos deixa satisfeitos com o que vem acontecendo, com atletas capazes de mudar a cara do jogo.
Situação à frente do clube:
— Eu já me sinto treinador do Vasco, já estou nessa função. Estamos aqui há um tempo e apresentando nosso trabalho. Tudo está caminhando dentro do normal de um treinador do Vasco, sem conversas internas sobre ser interino. Estamos gerenciando o Vasco da melhor forma possível, em conjunto com Pedrinho, Felipe, Marcelo e os jogadores. Estamos tentando restaurar a grandeza do clube e o importante é que estamos construindo algo melhor para todos.
Preparação para os pênaltis:
— Trabalhamos arduamente os pênaltis durante a semana, e não focamos apenas nos jogadores que já estão em campo. Sabíamos que teríamos desgaste e que a cobrança por trocas seria forte. Treinamos todos, sendo que Sforza estava amarelado, mas se manteve bem fisicamente, tendo condições de cobrar um pênalti, o que foi importante. Victor Luis tem uma qualidade excepcional em cobranças, Vegetti é nosso batedor principal, e Puma também vai para as decisões. Precisávamos controlar a intensidade e manter nossa estratégia defensiva. Mas sabíamos que, no final do jogo, poderíamos colocar algum atleta que pudesse ajudar nas penalidades, e Puma foi uma dessas peças. É uma situação tensa, cheia de pressão, e não poderíamos levar um gol no fim, para nos manter na briga. Temos um goleiro como Léo, que dificilmente não defende pelo menos um pênalti em cinco cobranças. Estávamos muito confiantes na classificação.
Mudança de atitude durante a partida:
Construir essa mudança é um processo. Confiamos em nosso trabalho e em nossos atletas. Damos tudo em campo. Acreditamos na nossa capacidade de alcançar os objetivos e na grandeza do Vasco. Isso é o que realmente importa. Hoje, não foi pela vitória, mas sim pela classificação.
Rival na semifinal: Atlético-MG ou São Paulo?
Seja contra o Atlético-MG ou o São Paulo, será uma semifinal desafiadora na Copa do Brasil. São dois gigantes do futebol nacional. O que posso garantir aos torcedores vascaínos é que daremos nosso máximo para alcançar a final.
Clássico contra o Flamengo:
Nossa total atenção esta semana foi no Athletico, sem desviar o foco, não olhamos para o Flamengo como deveríamos. Agora, vamos celebrar a vitória e, a partir de amanhã, o foco mudará para o clássico. Um grande embate, um jogo complicado para nós, e precisamos pontuar no Brasileiro. Prometemos que nos daremos ao máximo para fazer uma grande partida e, se tudo ocorrer favoravelmente, buscamos um bom resultado.
Fonte: ge