– Tivemos bons momentos. Os primeiros 25 minutos contra o Fluminense foram ótimos. O primeiro tempo contra o Flamengo foi péssimo, mas o segundo foi positivo. Portanto, não podemos dizer que foi um jogo completamente ruim. Concluímos um clássico importante, não apenas pela classificação, mas porque foi a primeira vitória diante deste grupo que está se formando. Mostramos que é possível acreditar, fizemos o nosso melhor e tivemos mais tempo para trabalhar do que o Botafogo. Aproveitamos para aprimorar a comunicação nos treinos. Precisamos manter essa abordagem nesta semana.
– O foco agora é aproveitar bem o tempo, planejar a semana e esclarecer as ideias com eles, para que na hora do jogo possam responder ainda melhor do que no primeiro confronto contra o Flamengo. O segundo tempo já foi um alívio para acreditar que podemos superar e organizar melhor o nosso jogo. Claro que em relação aos três grandes do Rio, o Vasco ainda está um passo atrás. Botafogo e Fluminense foram campeões recentemente, e o Flamengo tem conquistado muito. No entanto, o Vasco está em um processo de construção, e esse progresso vem com o trabalho diário.
Fábio Carille em Vasco x Botafogo em São Januário, pelo Carioca 2025 — Foto: André Durão
Sobre Capasso, que foi relacionado como opção no banco durante o clássico, Carille informou que o zagueiro argentino não está nos planos da equipe. Ele foi incluído para que possa ser negociado com mais tempo (a janela fecha na próxima sexta, mas a CBF permite uma janela extra para atletas estaduais após o término dos campeonatos):
– Ele não faz parte dos planos, mas era necessário incluí-lo em um jogo para prolongar a possibilidade de negociação. Até onde sei, quatro clubes já mostraram interesse, mas ele ainda não acertou com ninguém. Estou satisfeita com dois jovens que estão se destacando: Lyncon e Luiz Gustavo. Quero abrir espaço para eles no grupo para que possam se desenvolver com a gente. A decisão sobre Capasso, em conjunto com a diretoria, foi nesse sentido. Isso não atrapalha em nada, estamos levando 12 para o banco. Se não tivesse sido relacionado, por ele ter vindo de fora do país, não poderia ser negociado com clubes no Brasil até meio do ano.
Confira outras considerações de Carille:
Lucas Freitas e Tchê Tchê
– O Freitas se destacou nos jogos que fez pelo Juventude, especialmente nas partidas maiores. Ele é rápido, leve e tem uma boa leitura de jogo. Quero aprimorar ainda mais nosso sistema defensivo, temos espaço para evoluir. Esta semana será crucial para trabalhar e ajustar os detalhes. Estou bastante confiante. O Tchê Tchê é um caso que cuidamos com atenção, pois ele não teve férias. Foi para o Mundial com o Botafogo e já se apresentou. O ano passado foi desgastante para ele. Esperamos um Tchê Tchê participativo tanto com a bola quanto sem ela, e com mais tempo de posse, os jogadores do meio de campo podem evoluir.
Reforços na semifinal?
– Os dois que estão chegando (Garré e Nuno Moreira) ainda não assinaram, chegaram no final de semana, estão fazendo exames médicos e não treinaram comigo até agora. Temos até quinta-feira para inscrevê-los, então vamos agir com calma, observar sua adaptação e ver o que a semana revela. Eles vêm de lugares com climas frios, Turquia e Portugal, então iremos avaliar o dia a dia para tomar as decisões.
Time se acomodou com o 1 a 0?
– De forma alguma se trata de acomodação. Essa palavra não se aplica a um time que lutou tanto em campo. O que busco melhorar é a posse após roubos de bola. Estamos entregando a bola para o adversário muito rapidamente e muitas vezes optamos por lançamentos longos quando poderíamos ter saído jogando. Um exemplo foi uma jogada do João (Victor) que ele avançou, fez o passe e não manteve a posse. Precisamos focar em manter a pressão no campo ofensivo.
Avaliação do trabalho
– Estou satisfeito com o grupo, que está se fortalecendo. Esses dois reforços que estão chegando já eram monitorados há algum tempo, e temos boas informações sobre eles. Alguns jogadores com características que precisamos podem chegar, o que vai fortalecer ainda mais a equipe. Contudo, precisamos melhorar a organização. Quando perdemos a posse, precisamos pressionar melhor, manter a pressão no campo adversário como fizemos no início do jogo. É fundamental que mantenhamos a confiança e o entendimento, bem como aumentar o entrosamento para sairmos jogando com qualidade, já que temos um time com grande potencial. Precisamos fazer escolhas mais acertadas para entrar no campo adversário com a bola dominada.
Fonte: ge
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