— Começar atrás no marcador é sempre complicado, o Atlético jogou sem pressão, já está rebaixado. Criamos algumas chances, mas sofrer o gol no início gerou um desgaste muito grande. Os jogadores perdem a confiança. A resposta no segundo tempo foi muito importante. Esperamos que possamos avançar a partir disso — disse Felipe.
Técnico Felipe no empate entre Vasco e Atlético-GO — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Felipe fez algumas alterações na escalação inicial do Vasco, incluindo Rayan, Alegria, Coutinho e Puma como titulares. O treinador interino explicou que a equipe não adotou o mesmo esquema tático utilizado nas partidas sob a batuta de Rafael Paiva.
— Se você observar, não jogamos no 4-3-3. Mesmo com a organização um pouco diferente, em certos momentos o Rayan ficou mais centralizado e o Alegria aberto. Ou inverteu. Começar tomando o gol é extremamente difícil, principalmente para jogadores jovens que estão ganhando confiança. Fomos nos recuperando, sair atrás tem essa pressão adicional. O importante é que nosso segundo tempo foi excelente, e esperamos manter esse nível.
Felipe destacou que o Vasco iniciou a partida de maneira organizada, mas acabou se desestruturando após o gol sofrido no primeiro tempo. O treinador elogiou o desempenho da equipe após as entradas de Alex Teixeira e Payet no intervalo, considerando o segundo tempo “muito bom”.
— O time começou bem, nos primeiros dez minutos antes de levarmos o gol. Estávamos organizados, criando algumas chances. Lembro de uma do Rayan, se não me engano, com o pé direito, a assistência do Puma. Depois que sofremos o gol, tivemos que correr atrás do resultado, o que nos desorganizou um pouco. O primeiro tempo, após levar o gol, foi bem difícil. No intervalo, promovemos algumas mudanças que realmente melhoraram o time, com as entradas do Alex (Teixeira) e do Payet. Tivemos mais posse de bola e ficamos melhor organizados no meio. Eles recuaram e ficou complicado romper essa defesa, mas o segundo tempo foi realmente muito bom. Correr atrás quando o adversário faz 2 a 0… Precisamos aproveitar essa situação.
— Para o segundo tempo, esperamos um time agressivo; bem organizado, trabalhando a bola para usar os lados do campo e aumentar a presença na área. O Vegetti precisa de jogadas pelas laterais, vamos trabalhar isso para criar mais chances.
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Desempenho em queda do Piton
— É difícil falar de um jogador em específico, o Piton tem muitas assistências no campeonato e é fundamental para a equipe. Ele sentiu um pouco o pé, mas não foi por isso que saiu. O Piton é muito importante para o grupo. No geral, todos os jogadores precisam recuperar a confiança. Alex mostrou um bom desempenho sem ter muitos minutos em campo recentemente. É complicado jogar contra um adversário que não tem mais pressão. O primeiro tempo foi complicado, mas no segundo conseguimos melhorar. O Vegetti teve um cabeceio que foi na trave. Se aquela bola entra, todo o panorama do jogo muda.
Pensando em mudar a estrutura?
— No primeiro tempo, colocamos o Piton na linha de frente. Ele jogou mais avançado do que no segundo tempo, e o Alegria teve um papel mais central. Depois fizemos as trocas, colocando o Puma pelo lado e o Rayan por dentro. Mas precisamos evoluir. O Piton não teve seu melhor desempenho hoje. Temos que ser mais precisos no último terço e no um contra um. Apesar de não ter feito uma exibição brilhante, Piton é um jogador chave para nós.
Rayan está bem?— Ele levou um choque na cabeça. Espero que não seja nada sério. O doutor disse que ele ficou confuso, sem saber onde estava, mas acordou rapidamente. Achamos melhor e prudente fazer a troca. Espero que tudo esteja bem.
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— Foi uma decisão técnica. O Galdames estava sendo relacionado, assim como o Rojas, mas o Cocão, que voltou de suspensão, acabou sendo chamado. Hugo e Cocão já jogaram muito mais. Optamos pelo Alegria hoje, que vinha treinando bem. Mas isso não tem a ver com planos para 2025. São jogadores que mereceram e que trabalharam duro. Decidimos também incluir o Luiz Gustavo, que está pronto e à espera de oportunidades. Foi uma questão tática.
Alegria
— O garoto se destacou no sub-20 e vem treinando bem. Optamos por ele para dar velocidade pelo lado do campo, é um jovem promissor. Ele teve um bom desempenho, mas ainda pode jogar muito melhor. Para sua estreia, foi uma boa atuação, ele se movimentou bem. É um jovem com um futuro brilhante pela frente.
Análise do elenco e das substituições
— Vindo de quatro derrotas, jogar em casa é um desafio. Trabalhamos durante a semana não apenas na parte tática, mas também no aspecto mental dos jogadores. Enfrentar uma sequência de derrotas e levantar-se após sofrer dois gols não é fácil. No primeiro tempo, criamos algumas chances, mas não tantas. Com as entradas de Alex (Teixeira) e Payet, ganhamos qualidade no meio, pois o bloqueio adversário estava fechado. A presença de Vegetti na área também ajudou. A lição que tiramos é que o segundo tempo foi muito bom. O time ficou mais móvel com a entrada do Maxime, que melhora o jogo coletivo. Esperamos que esses atletas mantenham essa performance para, contra o Atlético-MG, conseguirmos conquistar os três pontos.
Fonte: ge