Na coletiva após a partida, Paiva comentou que percebeu o Vasco “mais solto” nesta segunda, em comparação ao jogo frente ao Cuiabá, na última quinta-feira.
– A principal preocupação, especialmente na partida anterior, era o desgaste emocional. Sabíamos que hoje o jogo fluiria melhor. O Bahia é um adversário complicado, tem a melhor posse de bola do Brasileiro. Precisávamos pressionar e encaixar os contra-ataques. Era essencial descansar com a bola, para sustentar a intensidade. Controlamos a posse e isso proporcionou energia para atacar e tomar as melhores decisões – afirmou o treinador.
“O time estava mais leve, inteiro, com a mente forte. Fizemos um primeiro tempo excelente, sofremos um gol no final. Mas hoje jogamos muito bem. Quatro jogadores entraram e mostraram seu valor. Estamos muito felizes com o resultado”, completou.
Rafael Paiva em Vasco x Bahia — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Para Rafael Paiva, a reação do Bahia no segundo tempo teve mais a ver com o mérito do adversário do que com falhas do Vasco.
– Isso passa muito pelo entusiasmo do adversário. Eles se lançam mais ao jogo, colocando mais jogadores na frente. Isso conta mais do que a gente não conseguir se defender. Tivemos oportunidade de fazer um quarto gol, com Payet. Poderíamos ter controlado mais, criamos para isso. No fim, o adversário foi para cima. O Bahia teve muito mérito, mas a gente se sustentou bem – acredita ele.
Com dois gols e uma grande atuação em São Januário, Dimitri Payet foi o destaque da noite. O francês atuou como titular no lugar de Coutinho, que foi poupado. Paiva não poupou elogios ao seu camisa 10.
“É um privilégio ver Payet jogar nesse nível”, afirmou.
– Fico feliz por isso. Esperamos que ele alcance esse nível mais vezes. Ele é um craque e demonstrou isso hoje. É uma pena que ele teve uma chance de fazer o terceiro gol, algo raro no Brasil. É um jogador muito competitivo, quer jogar, se esforçando para evoluir fisicamente. Embora tenha mais idade, precisamos ter paciência – completou.
– Ele jogou menos na última partida, então estava mais inteiro. Temos que avaliar jogo a jogo para decidir a melhor forma de utilizar Payet e Coutinho, seja um, outro ou os dois juntos. Precisamos ver como será nos próximos dias para tirar o máximo deles – finalizou o técnico do Vasco.
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Duas vitórias em casa
– Jogar em casa conta muito. Setembro foi um mês difícil, sem jogos no Rio. Enfrentamos adversários complicados, alguns estavam no topo da tabela. Sofremos bastante. Em casa, a diferença é enorme, com a torcida nos empurrando.
Mudanças na escalação
– Hoje, tivemos quatro alterações na equipe. Galdames tem grande qualidade, é da seleção chilena. Sabíamos que, ao entrar, ele faria a diferença. Em algum momento, ele teve uma fase ruim, mas temos muitos talentos. Se a torcida apoiar, eles vão entregar um grande desempenho. Galdames se dedica, é aguerrido e tem qualidade técnica. Rayan teve algumas oscilações, mas tem muito potencial. Maicon entrou no lugar do Léo. Confiamos no grupo, sabemos que é forte. Precisamos provar em campo nossa qualidade e buscar objetivos maiores na competição.
Situação de Rayan
– Ele levou uma pancada no joelho no primeiro tempo e sentiu no início do segundo. Acredito que não seja nada grave.
Gramado do Engenhão, onde o Vasco enfrenta o Botafogo na próxima rodada
– O último jogo que fizemos no Engenhão foi muito bom, contra o Fluminense. Precisamos tentar repetir aquele nível. Estamos cientes do desafio, o Botafogo briga pelo título. Será um grande clássico com grande importância.
Utilização da base
– Para mim, é um prazer colocar jogadores da base em campo. Eles têm potencial para o time principal. Brigar na parte de cima da tabela é muito melhor para promover os jovens do que lutar contra o rebaixamento. Vamos ter cautela, respeitando quem está na equipe desde o início da temporada. Temos muito potencial na base e precisamos dar oportunidades. Tivemos a satisfação de ver Alegria, que vem se destacando no sub-23. Vamos, com critério, buscar ser o mais assertivos possíveis ao dar minutos aos jogadores da base.
Paulo Henrique e Puma
– Essa parceria está funcionando bem. Cada vez mais refinados nos movimentos, na leitura de jogo e defensivamente. Puma fez outra grande exibição. É um jogador que também teve oscilações, mas é convocado para a seleção uruguaia. Hoje, ficamos felizes com sua performance.
Carga mental nos últimos jogos
– No jogo passado, não tenho dúvida de que a carga mental do Atlético nos afetou. Fomos até o limite para a final da Copa do Brasil e sabíamos que isso nos acompanharia contra o Cuiabá. Hoje, estávamos mais leves, superando a ressaca. O foco é no Brasileiro, temos objetivos maiores a alcançar. Mentalmente, estávamos mais concentrados. Sempre marcamos bem, mas hoje conseguimos controlar o jogo, manter a posse de bola e respirar. Isso foi fundamental para os três primeiros gols. Esperamos manter esse equilíbrio entre uma boa defesa e controle do jogo, especialmente em casa. Precisamos fazer isso nos próximos sete jogos.
Fonte: ge
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