O evento também assinalou o retorno de Jorge Salgado à política do clube. O ex-presidente, um dos maiores credores do Vasco, manifestou-se contra a recuperação judicial, alegando que esse movimento poderia afastar possíveis investidores, uma posição que já defendia durante seu mandato. A reunião aconteceu de forma híbrida, com cerca de 40 conselheiros presentes na sala dos beneméritos e demais participantes conectados online.
O plano da Alvarez & Marsal foi apresentado por Patrick Lopes, diretor de Sportainment da empresa. O CEO da SAF do Vasco, Carlos Amodeo, também esteve no evento, mas fez poucas intervenções. Surgiram questionamentos sobre a transparência do plano, que, segundo alguns conselheiros, poderia ser mais esclarecido.
A apresentação evidenciou a preocupante situação financeira do Vasco e trouxe exemplos de recuperação de outros clubes. Porém, não abordou, por exemplo, a quantia necessária para a execução do plano. E mais fundamental ainda: de onde virá o financiamento, se de um novo investidor da SAF ou de um empréstimo.
Algumas contas feitas pelos conselheiros durante a reunião mencionavam a necessidade de R$ 250 milhões para colocar o plano em ação, cifra que não foi comentada diretamente pelo representante da Alvarez & Marsal.
Ao final da reunião, enquanto o presidente da Assembleia Geral, Alan Belaciano, fazia seu discurso em defesa da recuperação judicial – mencionando os compromissos firmados até agora pela gestão do Pedrinho -, a temperatura subiu. A discussão intensificou-se quando o ex-candidato Luiz Roberto Leven Siano pediu a palavra para contestar o que foi dito e criticar a abordagem.
Belaciano fez uma referência provocativa a Leven Siano e ao famoso investimento de US$ 5 bilhões que prometeu no período eleitoral de 2020. Nesse momento, Leven respondeu, e a tensão no ambiente aumentou, fazendo com que o presidente do Conselho Deliberativo, João Riche, optasse por encerrar o encontro em São Januário.
Antes disso, foi acordado que a diretoria do Vasco enviaria documentos com mais detalhes ao conselho para uma melhor compreensão da recuperação judicial, e somente depois disso a proposta seria colocada em votação em um encontro futuro. A previsão é que uma nova reunião para análise e votação da aceitação ou não do plano ocorra até o próximo dia 23 de dezembro.
Fonte: ge
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