O técnico, em vez de atribuir culpas individuais, preferiu destacar uma “oscilação coletiva” no desempenho do Vasco.
“Precisamos buscar alternativas para reverter a situação, principalmente em busca de pontos. É fundamental voltar a somar. Dois jogos sem resultado já nos deixam bastante desconfortáveis. Teremos um período maior para analisar o que pode ser feito e buscar um bom resultado contra o Inter em casa”, declarou.
Rafael Paiva, técnico do Vasco, contra o Fortaleza — Foto: Baggio Rodrigues/AGIF
– “Vejo que os jogadores estão oscilando, e o Vasco não tem apresentado boas performances. Nos últimos dois jogos, realmente houve uma queda. Enfrentamos equipes que lutam pelo título, e isso não deve ser encarado como desculpa, mas jogar nesse nível é complicado. Em alguns momentos, conseguimos aplicar o que planejamos pelo lado direito, mas o Fortaleza fez um bom trabalho defensivo. Eles nos deixaram com a bola inicialmente, mas fecharam bem os espaços”, completou o treinador vascaíno.
– “Mesmo assim, conseguimos criar algumas situações, mas em geral não fizemos boas partidas, assim como no confronto com o Botafogo. Acredito que atribuir essa oscilação a um ou dois jogadores seria injusto. Isso é um fenômeno coletivo. Em momentos da partida conseguimos encontrar nosso ritmo, mas a bola não está entrando. Novamente, levamos um gol logo no início, o que complica muito nossa estratégia até o final. Estamos sempre na corda bamba e insisto que essa oscilação é da equipe como um todo. Não foi apenas um erro do Puma”, concluiu.
Quando perguntado se era hora de repensar o esquema tático, dada a atual fase ruim do Vasco, Paiva respondeu:
– “Sobre a estrutura, acredito que sim, podemos considerar mudanças. Discutimos no vestiário que é hora de implementar alterações para voltar a buscar resultados. Estamos tentando manter uma base, mas sem dúvida mudar alguns jogadores, talvez o meio-campo, algo que nos levou a estar nas primeiras posições do campeonato por várias rodadas. Lutamos para merecer essa posição, mas agora temos cinco jogos essenciais, não podemos vacilar e deixar escapar uma chance de brigar por uma competição sul-americana”, afirmou.
– “Essa pausa da Data Fifa pode ser benéfica, permitindo que busquemos alternativas. A sequência de jogos será exigente, começando pelo Inter, que tem a maior invencibilidade do Campeonato Brasileiro, e claramente está com um desempenho mais estável. Então, precisaremos nos preparar adequadamente. Vamos buscar o que for necessário, seja na estrutura ou nos jogadores, para fazermos um grande jogo contra o Inter”, encerrou.
O Vasco terá quase duas semanas para se recuperar, em função da Data Fifa, retornando ao Brasileirão no dia 21 para um duelo contra o Internacional, em São Januário, às 20h (de Brasília).
Confira mais sobre a coletiva de Rafael Paiva, técnico do Vasco:
Opção por Puma Rodríguez na ponta
– “O Puma tem se saído bem onde tem jogado. Ele é um jogador que oferece profundidade ao time, tem um bom chute de média distância e consegue atuar na área, aparecendo no segundo pau. É uma opção ofensiva interessante para nós”.
Gol no início do jogo
– “Em termos de concentração, hoje começamos melhor, mas sabíamos que era crucial dar uma resposta. Enfrentamos uma equipe que ainda não perdeu em casa no Campeonato Brasileiro e sabíamos que o jogo seria complicado, principalmente nas transições. Entramos preparados, mas sofremos um gol em uma jogada rápida, que era uma das suas fortalezas. Dominamos a posse, mas nossas oportunidades não foram tão claras no primeiro tempo. No segundo tempo, iniciamos bem, mas acabamos nos desconcentrando ao buscarmos o gol, o que nos expôs a transições perigosas. A pressão após o jogo contra o Botafogo e a urgência de pontuar afetaram nossa concentração”.
Erros individuais
– “Erros individuais se tornam evidentes quando resulta em gol. Estamos trabalhando coletivamente para criar mais oportunidades. O Vegetti depende de jogadas aéreas, e após tantas rodadas todos se estudam muito bem. Ele está sendo bem marcado na área. Precisamos de alternativas, não podemos depender só do Vegetti para marcar gols. Buscamos um coletivo mais forte se quisermos vencer os jogos. Estamos cientes de que erros individuais ocorrem, mas precisamos melhorar em todos os aspectos, inclusive o equilíbrio defensivo”.
– “Quando cheguei, estávamos com um saldo de gols positivo e ainda nos incomoda muito os gols que estamos levando. A evolução da equipe ocorreu quando equilibramos nossa defesa. Agora, estamos errando novamente na defesa e precisamos corrigir isso rapidamente”.
Dificuldade da partida
– “Sabíamos que a dificuldade seria imensa, este foi o nosso quarto jogo contra o Fortaleza. Todos foram extremamente competitivos e desafiadores. Eles têm a motivação de brigar pelo título, e sabíamos que iriam lutar pela vitória a todo custo, especialmente após o empate do Botafogo”.
Gols sofridos
– “Os gols sofridos nos incomodam bastante, tínhamos equilibrado isso. Precisávamos garantir um equilíbrio defensivo para competir de forma mais eficaz. Embora melhoremos, temos vencido jogos por um ou dois gols de diferença, mas nas últimas derrotas perdemos o controle total das partidas. Não é comum, nem aceitável, perder por três gols. Portanto, precisamos voltar a ter um equilíbrio defensivo forte para aumentar nossas possibilidades de somar pontos nos cinco jogos restantes”.
Fonte: ge
Fonte: ge