Após quatro jogos à frente do Vasco, Álvaro Pacheco acumulou três derrotas (para Flamengo, Palmeiras e Juventude) e um empate com o Cruzeiro na rodada anterior.
– Almejávamos muito dar continuidade ao nosso crescimento, buscávamos a primeira vitória. Foi um jogo no qual entramos tensos, percebo que não conseguimos controlar a partida nos primeiros 30 minutos, cedendo muitos espaços aos adversários. Posteriormente, conseguimos equilibrar a situação. Terminamos o primeiro tempo competitivos, e ajustamos durante o intervalo. Iniciamos bem o segundo tempo, controlando os espaços. No momento em que estávamos melhores, sofremos o gol. Foi um golpe para a equipe, causando instabilidade. Esse gol nos afetou – declarou.
– Os meus jogadores buscaram a reação, porém de forma equivocada, faltou organização tática. Cometemos algumas decisões precipitadas, mesmo assim tivemos chances de empatar. E nos acréscimos sofremos o segundo gol. Enfrentamos um momento desafiador, porém devemos continuar a trabalhar para estarmos mais preparados para a próxima partida. Não podemos desanimar nem questionar as nossas habilidades. Estamos passando por uma fase indesejada, mas é essencial seguir em frente e manter o foco – complementou o técnico.
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O início dos primeiros quatro jogos
– Não costumo me esquivar de responsabilidades, porém, ao chegarmos ao Vasco em um momento turbulento, de muitas mudanças e instabilidades, estamos nos adaptando ao clube, principalmente aos jogadores e ao que a equipe apresenta. Claramente, diante destes resultados e contexto instável, perdemos algo, como a lucidez e não podemos negar que os primeiros adversários eram bastante fortes, com treinadores consolidados e jogadores com dinâmicas bem estabelecidas. Nestas partidas, a ansiedade foi evidente.
– Considero que no último jogo em casa tivemos uma resposta dentro do esperado. Hoje não conseguimos manter esse desempenho, faz parte do processo, é preciso manter a calma e identificar o que foi positivo, como a ousadia e a capacidade de leitura de jogo. Estávamos preparados para o que o adversário apresentou, mas acredito que esteja relacionado ao momento. Precisamos de mais tranquilidade e firmeza nas decisões. Como treinador, devo orientar meus atletas.
Desempenhos aquém e clima tenso
– Não podemos fugir à realidade. Enquanto treinador, não fujo disso. Sem dúvidas, estamos enfrentando um momento delicado, no qual a torcida do Vasco está descontente, não apenas com a equipe, mas também comigo, e isso é compreensível. Nosso foco deve ser continuar trabalhando, sem questionar nossas identidades e capacidades, e o que não podemos fazer é duvidar de quem somos e do que podemos realizar. Uma coisa é certa: precisamos unir esforços, sair dessa situação juntos. O vestiário está abatido, a equipe está construindo uma relação mais sólida.
– Discordo quando menciona a ausência de evolução, creio que, mesmo diante de um jogo que não tenha sido efetivamente bem construído por nossa parte, não faltou empenho, determinação, corrida, tentativa de gol. Concordo, porém, que não foi da forma planejada, ensaiada. Conversamos, porém a atuação foi mais emocional, por esforço. Se não tivéssemos essa postura, não teríamos criado as oportunidades de empate. Agora precisamos de mais tranquilidade e controle nos momentos cruciais para conquistarmos a vitória. É fundamental refletir sobre o acontecido, dialogar com os atletas e perceber a importância de serenidade. Quanto ao ambiente hostil (em São Januário), creio que devemos usar isso como motivação para nos tornarmos mais fortes, demonstrar nossos objetivos e conquistar a torcida. A única saída é jogar e jogar para vencer.
Fonte: ge