“O Felipe é uma figura essencial”, afirmou o presidente Pedrinho.
– Ele está presente diariamente ao lado do (Rafael) Paiva e do Marcelo (Sant’Anna). Tem um relacionamento excelente com os jogadores, participa intensamente da análise dos atletas, troca ideias táticas com Paiva e Marcelo. É um cara muito forte na rotina, querido por todos, com uma grande compreensão do jogo. Ele é o maior vencedor da história do Vasco e trouxe muito valor ao clube – completou em uma entrevista ao “Programa Amigos FC” na última segunda-feira.
Felipe, diretor técnico do Vasco — Foto: Leandro Amorim / CRVG
Bicampeão brasileiro em 1997 e 2000, além do título da Libertadores em 1998 e da Copa do Brasil em 2011 com o Vasco, Felipe é parte fundamental dos esforços de Pedrinho para “ressignificar a essência” do clube. “Senti que falta isso no futebol, que as pessoas não entendem o que representa ser Vasco”, justifica.
Felipe é presença constante no Centro de Treinamento Moacyr Barbosa. Desde que assumiu como diretor técnico, participou praticamente de todos os treinos, exceto durante a sua recuperação da Covid-19.
Sua função é auxiliar tanto os jogadores quanto a comissão técnica com aspectos técnicos e táticos, embora a decisão final sobre escalas ou táticas nas partidas seja sempre de Rafael Paiva. Nos bastidores, é visto como alguém que busca ter uma visão ampla e procura contribuir para elevar o nível do futebol do clube.
Paiva e Felipe têm um diálogo constante. Aos 47 anos, sete mais velho que o treinador, o ex-atleta traz sua experiência para o cotidiano e comanda a resenha com suas histórias dos tempos de jogador. O ambiente é leve e descontraído.
O Maestro não é de fazer discursos no vestiário. Prefere manter conversas individuais com os atletas, onde dá dicas sobre posicionamento, corrige decisões tomadas em campo ou sugere intervenções em momentos-chave do jogo.
Essa interação é eficaz com jogadores mais experientes, como Vegetti e Léo Jardim, assim como com os mais novos: a evolução do jovem Rayan, de 18 anos, é creditada à confiança e à atenção que Felipe e Pedrinho têm dado a ele. A base é um foco importante para Felipe, que também acompanha o gerente de transição, Léo Matos, em jogos das categorias inferiores.
Nos dias de jogo, Felipe participa da preleção no vestiário e troca informações finais com os jogadores. Contudo, quando a bola rola, ele acompanha as partidas de uma sala exclusiva para os analistas do clube e mantém comunicação com a comissão técnica.
Ativo no Mercado
Felipe é bastante conectado às movimentações do mercado e sempre busca se atualizar sobre o tema, conforme destacam pessoas próximas. É comum vê-lo comentando sobre o desempenho de algum atleta ou lembrando o ano de nascimento de um jogador com facilidade: “Esse é de 2004”.
Felipe e Pedrinho, diretor técnico e presidente do Vasco — Foto: Leandro Amorim/Vasco
Por isso, ele foi um braço direito do executivo de futebol, Marcelo Sant’Anna, nas manobras realizadas pelo clube na janela de transferências. A troca de informações entre os dois foi intensa durante a busca por novos reforços.
Felipe se mostrou bastante ativo durante todo o período de janela, fazendo contatos em nome do Vasco com empresários e jogadores, sempre apurando as condições pessoais, técnicas e táticas dos potenciais novos integrantes do elenco. A parte financeira dessas negociações ficou a cargo de Sant’Anna.
Fonte: ge