“Não haverá aplicação do cartão azul no cenário profissional. Esse tema não nos interessa. A Fifa é categoricamente contra o cartão azul. Se pudesse resumir, seria ‘cartão vermelho para o cartão azul’. Estamos receptivos a novas ideias e propostas, porém, também é crucial preservar a essência e a tradição do jogo. O cartão azul não faz parte desse contexto”, declarou Infantino, um mês após a Fifa destacar que a introdução do cartão azul no futebol de alto nível era precoce.
Esse cartão seria destinado a retirar temporariamente, por 10 minutos, os jogadores que simulassem faltas, agissem antidesportivamente ou desrespeitassem o árbitro. Em caso de recebimento de dois cartões azuis, ou um amarelo e um azul, o atleta seria expulso da partida após a segunda penalidade. Segundo a mídia inglesa, a repercussão negativa, especialmente entre os principais atores do futebol, foi o principal motivo para o abandono da proposta.
A IFAB pretende continuar refinando a ideia de retirar jogadores temporariamente do jogo para testes em categorias de base.
Substituição adicional por lesão aprovada e proteção ao árbitro
A decisão crucial da IFAB na reunião foi a aprovação da substituição adicional e permanente em casos de lesão cerebral, medida que já foi testada até mesmo na Copa do Mundo de 2022. A alteração será incorporada oficialmente nas normas do futebol a partir de 1º de julho de 2024, com a possibilidade de adoção a critério das federações e ligas.
A seguir estão listadas as cinco principais novidades:
• Substituições adicionais permanentes em casos de lesões cerebrais serão uma opção competitiva de acordo com o protocolo necessário.
• Cada equipe designará um capitão que utilizará uma braçadeira de identificação.
• Os jogadores serão responsáveis pelo tamanho e adequação das caneleiras, mantendo-as como parte obrigatória do equipamento.
• Faltas não intencionais de mão, que resultam em pênalti, devem ser tratadas da mesma maneira que outras infrações.
• Durante cobranças de pênalti, a bola deve tocar ou ultrapassar o centro da marca, e a invasão da área penal pelos jogadores só será punida se houver impacto.
A IFAB também estabeleceu protocolos para possíveis mudanças no futebol, por meio de testes em divisões inferiores, com o intuito de melhorar o comportamento dos atletas em campo e garantir a segurança dos árbitros. Tais protocolos incluem: permitir que apenas o capitão dialogue com o árbitro em situações específicas; ampliação de seis para oito segundos para a posse da bola nas mãos do goleiro, sob risco de reversão; e intervalos que permitam ao árbitro ordenar que os jogadores retornem às respectivas áreas de pênalti.
Fonte: ge