A jogada polêmica do fim de semana foi a “pisada” na bola de Soteldo durante o jogo entre Santos e Vasco. O placar estava 3 a 1 para a equipe da baixada e o venezuelano se arriscou sem necessidade, causando um tumulto entre os jogadores das duas equipes. Apesar de não justificar a confusão generalizada, muitas pessoas consideraram o lance do jogador do Santos como uma manobra tática. Sinceramente, equilibrar-se em cima de uma bola não é algo muito comum nos campos de futebol.
Jamais irei condenar um jogador que tenta driblar um adversário com truques como lambreta, elástico, caneta ou pedalada. E isso vale mesmo quando a equipe que ele defende está ganhando por 5 a 0. Isso sim faz parte do futebol e deve ser incentivado. A jogada de Soteldo não gerou espaço nem superioridade para o time do Santos. Pelo contrário, causou uma confusão. Se fosse ao contrário, os jogadores do Santos é que ficariam revoltados e também haveria brigas.
Alguns jogadores acham que têm o direito de fazer essas coisas, mas não gostam quando fazem contra eles. E por favor, vamos evitar classificar o lance de Soteldo, ou até mesmo aquela jogada característica do Antony, como futebol bonito ou dizer que “estão querendo acabar com o futebol” e com o talento dos jogadores. Futebol bem jogado é outra coisa, e o próprio Soteldo mostrou a diferença alguns minutos depois da confusão, fazendo uma grande jogada e marcando o quarto gol. Gol é o que é bonito, e quanto mais, melhor.
Para os defensores do “espetáculo”, o bom futebol do Santos na partida foi muito mais interessante do que a trapalhada de Soteldo. Vimos uma ótima atuação de Tomas Rincon, os gols de Marcos Leonardo e os três pontos extremamente importantes para a equipe santista na luta contra o rebaixamento. Isso foi a parte bonita do jogo.
Fonte: Blog do Chico Lins – Globo Esporte