— Temos uma visão clara dos objetivos que estabelecemos e acreditamos que, em um tempo de dois a três anos, o clube estará financeiramente reequilibrado. Isso não quer dizer que vamos parar de investir no futebol nesse período. Vamos sim continuar investindo — declarou o CEO do Vasco, que complementou:
— Esse plano de reestruturação envolve uma adequação financeira abrangente, mas também uma concentração significativa de todos os recursos que conseguirmos alocar no futebol. Afinal, essa é a nossa atividade principal, e precisamos do futebol como base para todo o projeto de reestruturação financeira.
Carlos Amodeo, CEO do Vasco — Foto: Reprodução
Para Amodeo, os resultados em campo são cruciais para a reestruturação financeira do clube, já que a SAF obtém mais receita com resultados positivos, como bilheteira, aumento no número de sócios, patrocínios e premiações.
— Com bons resultados em campo, atraímos mais sócios, mais patrocinadores e mais prêmios, o público comparece. Isso é fundamental. A torcida pode ficar tranquila porque, durante o processo de reestruturação financeira, o clube vai manter o olhar voltado para o futebol, com contratações que serão feitas de forma criativa e inteligente, sempre pensando na parte financeira, mas priorizando o desempenho no esporte. Não podemos descuidar do futebol, ou corremos o risco de comprometer nosso projeto esportivo. As duas coisas são interligadas.
Amodeo reafirmou o que havia dito na coletiva de quinta-feira, onde deixou claro que as receitas projetadas para 2025 não foram antecipadas pela 777 antes de sua saída da gestão do futebol.
Confira o depoimento completo do CEO do Vasco
— Quando chegamos ao clube, há cerca de quatro meses, descobrimos que os cofres estavam completamente vazios. Mas, ao mesmo tempo, percebemos que as receitas de 2025 ainda não tinham sido antecipadas.
— A primeira decisão que tomamos foi a de não mexer nas receitas de 2025, não vamos antecipar essas receitas e focaremos em aumentar nossas projeções de receita para 2024, protegendo o que temos para 2025 e evitando problemas financeiramente no próximo ano. A partir disso, realizamos ações significativas, como já comentamos anteriormente, que estão ligadas ao programa sócio-torcedor, o que nos permitiu duplicar o número de sócios e aumentar consideravelmente nossa receita mensal recorrente. Também conseguimos fechar mais quatro novos patrocínios que irão injetar novas receitas em 2024, utilizadas para honrar nossos compromissos atuais.
— 2025 promete ser um ano com receitas financeiras muito superiores às de 2024 e anos anteriores, já que as receitas falhas anteriormente foram subutilizadas. Contudo, será um ano desafiador devido a todo o processo de reestruturação financeira e ao passivo que herdaríamos no clube, atualmente em revisão. No entanto, acreditamos que teremos receitas expressivas no próximo ano. Estamos trabalhando arduamente para fazer de 2025 um marco histórico em receitas de patrocínio.
— O segundo semestre de 2024 já indica que em 2025, provavelmente, teremos um recorde notável de receitas de patrocínio na história do clube. Temos também um plano robusto para nosso programa sócio-torcedor, onde buscamos aumentar consideravelmente o total de 65 a 70 mil sócios que já temos; já avançamos em relação ao que tínhamos antes, mas não estamos totalmente satisfeitos. Compreendemos a força da torcida do Vasco e o potencial que ela possui para estar ao nosso lado em momentos críticos, como o atual momento de reestruturação. Então, acreditamos que 2025 será um ano de grandes perspectivas para as receitas do Vasco, apesar dos desafios que a reestruturação financeira nos impõe.
Fonte: ge