– Fiquei preocupado depois que tomamos o gol, pois começamos a cometer muitos erros, né? Entendemos a impaciência da torcida, mas pedimos que apoiem sempre. O apoio deve ir além apenas das vitórias. Venham e nos ajudem, estamos trabalhando com muita seriedade. É fácil apoiar apenas quando se está ganhando. O apoio foi fundamental, mas preciso reforçar: precisamos de ajuda até nos momentos difíceis. O torcedor é o nosso 12º jogador, e sei como é desafiador jogar aqui com o apoio da nossa torcida. Já vivi isso em várias situações, como auxiliar, técnico e jogador. Fico contente em ver a casa cheia e aproveitar esses momentos, mas é essencial que, independentemente do resultado ou do nosso desempenho, o apoio esteja sempre presente. Após o gol sofrido, começamos a errar muitos passes simples.
Na volta do intervalo, o Vasco se mostrou mais incisivo, conseguindo a virada com gols de Nuno Moreira e Vegetti. Carille revelou que não fez ajustes táticos durante o intervalo, apenas buscou transmitir confiança:
– O que mais enfatizei no intervalo foi: “Nós mesmos controlamos nossa mente, dentro de campo”. Tática não foi discutida, pois o jogo era equilibrado, com oportunidades para ambos os lados. Em um torneio como o Campeonato Brasileiro, é natural sofrer gols, independentemente de serem por erros. O importante é manter a concentração e, em termos técnicos, realizar bem o simples. Caso contrário, a impaciência da torcida aumenta, assim como nosso nervosismo em campo. Isso não é uma novidade; é algo que escuto há anos de quem trabalha no Vasco. Portanto, nesse momento, minha missão não é gritar, mas acalmar e relembrar que somos nós que controlamos nossas ações. O torcedor não entra em campo para tomar decisões. Precisamos corrigir e continuar seguindo o plano original, independentemente do placar.
Fonte: ge