“Quando me desliguei dos campos, mergulhei de cabeça nesse setor, e não tenho intenção de sair tão cedo. Já estou nessa há quase três anos. É algo frenético, com uma intensidade completamente diferente do que vivia no futebol. Estou sempre no comando, surgem uns desafios e não dá para ignorar,” compartilhou Nilton.
Apesar da responsabilidade de liderar uma equipe com mais de dez integrantes, Nilton não se esquiva de estar presente nas obras, até mesmo se envolvendo no trabalho físico. Sua esposa, que o acompanhou durante sua carreira, também faz parte do time.
— Eu não fico muito parado nas obras. Temos azulejistas, pedreiros, a galera que restaura o piso de madeira… o clima aqui é mais complicado. A gente mexe com cimento e areia. Como o grande Muricy diz, o sobrenome aqui é trabalho. Eu brinco que trabalho mais do que eles. O legal é isso.
Nilton não toca na bola desde maio de 2021, quando vestiu a camisa do Real Tomayapo, na Bolívia. Ele revelou que recebeu um convite para atuar no Campeonato Goiano de 2024, mas recusou devido ao comprometimento exigido pela sua empresa.
“Recebi uma proposta em setembro (de 2023) para apresentar em fevereiro (de 2024), mas eu disse não. Pelo amor de Deus, as obras consomem muito do meu tempo. Era em Goiânia, só isso que vou dizer (risos).”
Revelado nas categorias de base do Corinthians, Nilton foi campeão brasileiro pelo clube em 2005 e também levantou a taça da Série B em 2008. No ano seguinte, com o Vasco, conquistou a divisão de acesso e, em 2011, faturou a Copa do Brasil.
Ex-Corinthians, Cruzeiro e Vasco, Nilton atua no setor de construção civil — Foto: Reprodução
Nilton chegou ao Cruzeiro em 2013, onde foi peça-chave na conquista do Campeonato Brasileiro. Na temporada seguinte, atuou em 26 partidas durante a campanha do bicampeonato nacional consecutivo. Depois de deixar a Toca, em 2015, passou por Internacional, Bahia, CSA e Oeste-SP, além de ter jogado no Vissel Kobe, do Japão, e no Real Tomayapo, da Bolívia.
Fonte: ge