Atualmente, Pedro é o goleador da competição com 11 tentos. Porém, o atacante do Flamengo se lesionou ligamentos do joelho esquerdo há mais de um mês, enquanto defendia a seleção brasileira. Infelizmente, ele não voltará a jogar nesta temporada.
Desde o momento em que Pedro se machucou, quatro rodadas do Brasileiro já aconteceram. Mesmo assim, nenhum jogador conseguiu ultrapassá-lo no ranking de artilharia.
Atrás dele, Hulk anotou 10 gols em um jogo atrasado do Atlético-MG na última semana, e deixou para trás quatro concorrentes com nove: Vegetti (Vasco), Estêvão e Flaco López (ambos do Palmeiras) e Luciano, que também entrou em campo na última rodada e, ao marcar contra o Vasco, igualou seu número de gols.
A possibilidade intrigante é de que o Campeonato termine em dezembro com o artilheiro fora de combate há três meses, e o cenário de gols pode ser histórico. Em 21 edições da era dos pontos corridos, excluindo a atual, a temporada com o menor número de gols ocorreu em 2016.
Naquela ocasião, três jogadores dividiram a artilharia com 14 gols: Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG) e William Pottker (Ponte Preta). A média foi de 0,37 gols por partida, considerando as 38 rodadas do torneio.
– A forma como as equipes jogam mudou; já não se utiliza mais um centroavante fixo, tudo é mais dinâmico. Isso acaba distribuindo os gols. Por isso, Pedro ainda é o artilheiro. É bem possível que tenhamos um artilheiro com um número baixo – analisa Grafite, comentarista dos canais Globo.
– A estratégia de jogo prioriza mais os atletas de lado de campo. Eles têm um volume muito maior de participação e a queda do uso de centroavantes, os tradicionais camisas 9, contribui para esse baixo número de gols entre os artilheiros nesta temporada – complementa o ex-atacante.
Artilheiros do Brasileirão (era dos pontos corridos):
- 2023 – Paulinho (Atlético-MG) – 20 gols
- 2022 – Cano (Fluminense) – 26 gols
- 2021 – Hulk (Atlético-MG) – 19 gols
- 2020 – Claudinho (Bragantino) e Luciano (São Paulo) – 18 gols
- 2019 – Gabriel (Flamengo) – 25 gols
- 2018 – Gabriel (Santos) – 18 gols
- 2017 – Henrique Dourado (Fluminense) e Jô (Corinthians) – 18 gols
- 2016 – Diego Souza (Sport), Fred (Atlético-MG) e Pottker (Ponte Preta) – 14 gols
- 2015 – Ricardo Oliveira (Santos) – 20 gols
- 2014 – Fred (Fluminense) – 18 gols
- 2013 – Éderson (Athletico-PR) – 21 gols
- 2012 – Fred (Fluminense) – 20 gols
- 2011 – Borges (Santos) – 23 gols
- 2010 – Jonas (Grêmio) – 23 gols
- 2009 – Adriano (Flamengo) e Diego Tardelli (Atlético-MG) – 19 gols
- 2008 – Keirrison (Coritiba), Kléber Pereira (Santos) e Washington (Fluminense) – 21 gols
- 2007 – Josiel (Paraná) – 20 gols
- 2006 – Souza (Goiás) – 17 gols
- 2005 – Romário (Vasco) – 22 gols (42 rodadas)
- 2004 – Washington (Athletico-PR) – 34 gols (46 rodadas)
- 2003 – Dimba (Goiás) – 31 gols (46 rodadas)
Para que o campeonato de 2024 não seja lembrado negativamente neste aspecto, os candidatos ao título de artilheiro precisam marcar, ao menos, seis gols nas rodadas finais. Isso significa dobrar a média de gols atual em quase 29 rodadas.
Curiosamente, este Brasileirão não apresenta uma das menores médias de gols da história. Antes da 30ª rodada, o torneio contabilizou 287 jogos, com 690 gols, resultando em uma média de 2,40. Sete edições dos pontos corridos tiveram média inferior, sendo a de 2018 a mais baixa, com 2,18 gols por jogo.
Vegetti, Hulk e Estêvão estão na briga pela artilharia do Brasileirão — Foto: Infoesporte
Fonte: ge