Além dos jovens jogadores em busca de desenvolvimento na Liga de Desenvolvimento de Basquete, que serve de porta de entrada para o NBB CAIXA, os técnicos também recebem atenção especial na competição apoiada pelo Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). Desde as primeiras edições da LDB, são designados observadores técnicos para promover a troca de experiências.
Na edição de 2024, essa função é desempenhada por Léo Figueiró, que irá acompanhar os jogos do Grupo A, e Dedé Barbosa, responsável pelo Grupo B. Atuando atualmente no comando de equipes do NBB CAIXA, ambos os treinadores já passaram pela LDB.
A Liga Nacional de Basquete entrevistou Léo Figueiró e Dedé Barbosa sobre seus papéis como orientadores técnicos. As perguntas foram as mesmas para ambos. Veja o que cada um respondeu:
Qual é a rotina do orientador técnico na LDB?
Léo Figueiró: Acompanhamos todos os jogos, realizamos uma análise técnica e tática para depois dialogar com os treinadores, buscando uma troca de ideias. Não estamos lá para dar lições, e sim para compartilhar conhecimento, acrescentar algo ao trabalho deles e provocar reflexões com base em nossas observações durante os jogos.
Dedé Barbosa: Já experenciei essa posição no passado e, sem dúvida, acrescentou muito à minha função como técnico. Acredito que nosso trabalho agrega valor e proporciona uma visão ampla sobre o desempenho das equipes, por meio de relatórios, conversas e clínicas.
Por que esse trabalho é tão relevante?
Léo Figueiró: Como ex-treinador da LDB, pude ser orientado por Régis Marelli e André Germano, o que foi fundamental em meu desenvolvimento. Eles, com mais experiência, conseguiram me auxiliar em detalhes, comportamentos e momentos estratégicos no jogo. Essa troca de conhecimento sempre visa o crescimento dos treinadores.
Dedé Barbosa: A troca de informações e conhecimentos entre técnicos e auxiliares, em todos os níveis, é essencial, pois sempre há algo a se aprender. Minha experiência como técnico da LDB em Limeira certamente contribuiu significativamente para minha carreira.
Há uma área específica de observação ou é necessário ter um olhar mais amplo?
Léo Figueiró: Observamos o perfil técnico e tático dos treinadores para fomentar ideias, apontar dificuldades e facilidades, sugerir melhorias e novas abordagens que possam enriquecer o trabalho das equipes.
Dedé Barbosa: O foco principal está na condução da equipe como um todo, na liderança, postura e entrosamento entre jogadores, comissão técnica e arbitragem.
Como é feito e qual a relevância do feedback aos treinadores da LDB?
Léo Figueiró: Prefiro abordar os treinadores de forma mais informal, em momentos oportunos e receptivos, para gerar reflexões sobre o jogo, ouvi-los sobre as dificuldades enfrentadas e contribuir de maneira produtiva para o desenvolvimento técnico e tático.
Dedé Barbosa: Procuramos fornecer o máximo de informações aos treinadores da LDB e, a partir disso, abrimos diálogos francos para compartilhar pensamentos e ideias em relação ao time. Quanto mais discutimos basquete, mais aprendemos juntos, beneficiando ambas as partes.
Além disso, você avalia individualmente os jogadores?
Léo Figueiró: A análise individual dos jogadores surge ao longo das etapas, mas meu foco principal está na análise coletiva da equipe, aspectos táticos e técnicos do treinador, buscando promover debates construtivos.
Dedé Barbosa: Ao analisar uma equipe, naturalmente observamos os jogadores individualmente, porém nosso trabalho visa principalmente a qualidade do grupo como um todo, destacando o lado positivo de cada time.
A LDB é uma competição promovida pela Liga Nacional de Basquete (LNB), patrocinada pela Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, com a bola oficial da Penalty, em parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), EMS, UMP e Genius Sports.
Fonte: LNB