Globo 60 anos: descubra quem está por trás dos cavalinhos do Fantástico
Famosos nos estádios, os cavalinhos do Fantástico conquistaram o coração dos fãs do futebol brasileiro. Mas quem são as pessoas que dão vida a esses carismáticos mascotes? Em uma série especial do g1, celebrando os 60 anos da TV Globo, iremos apresentar aqueles que animam esses personagens encantadores.
Enquanto na década de 70 a Zebrinha fez história ao anunciar os resultados da Loteria Esportiva, hoje os Cavalinhos do Fantástico são os protagonistas. Quiá Rodrigues e Renato Spinelli, os responsáveis pelos bonecos, compartilham ao g1 como atuam suas vozes e controlam os fantoches, além de revelarem seus preferidos.
Nesta semana, o g1 trará uma série de reportagens esclarecendo 10 curiosidades que você sempre quis saber sobre a TV Globo, que completa 60 anos no sábado (26).
Cavalinhos do Fantástico — Foto: Raisa Carvalho/Fantástico
Interação com o apresentador
Em março deste ano, Lucas Gutierrez passou a apresentar os “Gols do Fantástico”, interagindo com os cavalinhos, no lugar de Alex Escobar. A ideia de utilizar os cavalinhos para mostrar o ranking do futebol surgiu com Tadeu Schmidt em 2008, mas os fantoches só foram introduzidos em 2014.
Quiá Rodrigues e Renato Spinelli explicam como realizam essa interação que acontece todos os domingos no Fantástico.
“Quem escreve o texto é o Lucas. Anteriormente, era o Tadeu, depois o Escobar. Eles pensam na interação dos cavalinhos e o que seria interessante falar. Meia hora antes de entrar no ar, sentamos com o Lucas e finalizamos o texto”, desvela Quiá Rodrigues.
Embora tudo seja planejado, a dupla está sempre pronta para improvisos durante as transmissões ao vivo. “Já houve um incidente com um cavalinho. Os dentes dele caíram e ele comentou ‘Aí meu dente’. Temos que lidar com o que acontece”, conta Quiá.
“Uma vez, eu precisei trocar de personagem e não tive tempo. O boneco entrou de forma desajeitada, mas foi o que consegui fazer na hora”, recorda Renato. Houve até uma situação onde um boneco baiano falou com sotaque carioca.
“Uma vez, eu troquei o (cavalinho do) Flamengo pelo do Bahia correndo, e o Bahia saiu com a voz do Flamengo. Não consegui trocar na mente a voz do boneco”, revela Quiá.
Como são manipulados?
Os personagens são elaborados pela empresa Oba (Oficina de Bonecos Animados), de Quiá Rodrigues e Renato Spinelli, que conta também com Heloisa Dile como sócia. “Ela cria todos os personagens femininos. Além de ser a eguinha e a zebrina, ela é uma produtora incrível e uma diretora de arte talentosa”.
Eles explicam que, para dar vida a um cavalinho, são necessárias duas pessoas:
“Uma pessoa manipula as mãozinhas, dando emoção e movimento. No caso deles, as patinhas são usadas para apontar ou expressar sentimentos”, afirma Quiá.
Cada personagem tem uma voz única, planejada com cuidado. “Tentamos nos aproximar do sotaque e da personalidade. Cada um de nós dá vida a dez personagens diferentes. É um enorme desafio”, explica Renato. Juntos, eles representam 20 personagens, correspondendo ao número de times do Campeonato Brasileiro.
Cavalinhos nas torcidas
Os bonecos se tornaram o ícone nos estádios, e não é raro ver torcedores com o boneco do seu time. Quiá e Renato recebem muito carinho do público quando estão fora do estúdio. “Passamos horas tirando fotos com as pessoas e fazendo mensagens para os filhos”, menciona Quiá.
A dupla também tem suas preferências entre os personagens. “O meu é o Flamengo, que acabou se destacando mais”, diz Quiá. Renato, por sua vez, mostra apreço pelo rival carioca. “Gosto muito do Vasco, pois mesmo não estando na melhor fase, é um dos melhores personagens que tenho”.
Foto: Bruna Azevedo, Thalita Ferraz e Otavio Camargo/g1
Fonte: g1