Formação de SPE e apresentação de propostas
O próximo objetivo é estabelecer uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). Essa SPE será uma empresa – que ficará sob o controle do clube – destinada a gerenciar a reforma do estádio. Ela terá a missão de emitir, comercializar e gerenciar os recursos provenientes dos certificados de potencial construtivo, além de liderar todo o processo de reforma.
A equipe já está em campo. Depois de examinar a proposta, o Vasco definiu um valor final e deu autorização aos advogados para prosseguir com os trâmites. A expectativa é que a fundação da SPE esteja concluída até o começo do próximo ano.
Com a regulamentação em mãos, o Vasco também vai submeter à Prefeitura um plano de atuação com estudos sobre as obras nas proximidades de São Januário e as melhorias desejadas para a área. O decreto menciona a “Operação Urbana Consorciada” – um pacote de melhorias que serão realizadas a partir da aprovação da legislação: a reforma do estádio, as obras do entorno e a venda do potencial construtivo para outras localizações da cidade, como a Barra da Tijuca.
Reação do mercado
Além da validação da legislação referente ao potencial construtivo do estádio, um segundo decreto foi divulgado, proporcionando uma tramitação mais ágil para a análise e aprovação de projetos de construtoras que adquirirem esse potencial construtivo.
Com essa facilitação, o Vasco espera que o mercado reaja de forma positiva para acelerar o avanço dos processos. O clube acredita que está em uma posição favorável nas negociações, já que, neste momento, é o único com o decreto de regulamentação publicado.
O clube está em tratativas com uma empresa para comercializar uma parcela considerável do potencial construtivo de São Januário. As negociações estão na fase de troca de documentos e se aproximam da conclusão. Se a negociação for finalizada, esse será o valor mais alto de venda até agora. A diretoria do Vasco já tem outros acordos terminados, com cartas de intenção assinadas, mas envolvendo valores menores.
Pedrinho e Eduardo Paes em reunião sobre potencial construtivo de São Januário — Foto: Reprodução
Quando começam as obras?
Por enquanto, não há uma data definida pelo clube para o início das obras em São Januário. Antes, a expectativa era de que as intervenções começassem em janeiro de 2025, mas a negociação com uma construtora para a venda de 210 mil m² do potencial construtivo, que já estava bem encaminhada, não se concretizou.
Em coletiva de imprensa em novembro, o presidente Pedrinho comentou sobre o atraso nas obras:
– Eu assumo essa responsabilidade. Eu disse que iria iniciar em janeiro, e me empenhei bastante com a Prefeitura, estive várias vezes na Câmara para pedir agilidade nos processos, porque estava 100% convencido de que havíamos fechado um negócio. Tudo parecia certo, mas ainda não tínhamos assinado. Outras oportunidades de potencial surgiram e o possível comprador saiu de cena. Era algo muito concreto. Isso serve como aprendizado, eu assumo essa responsabilidade – afirmou o presidente.
São Januário — Foto: Matheus Lima / CRVG
E quanto à capacidade do estádio?
Os membros associados do clube e a SAF estão trabalhando juntos para desenvolver um estudo de viabilidade financeira e técnica do projeto do novo estádio. Contudo, ainda não há uma definição sobre a capacidade final de São Januário após a reforma.
Um estudo está em andamento sobre a ocupação e operação do estádio, bem como a viabilidade técnica do projeto — fatores que influenciam na decisão final. O clube projeta uma capacidade mínima de 40 mil e máxima de 57 mil torcedores no novo São Januário.
Fonte: ge
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