Paulo Bracks decretou que o Vasco da Gama encerrou suas contratações para o restante de 2021. A não ser que surja uma grande oportunidade no mercado, como aconteceu com Dimitri Payet.
O planejamento da diretoria vascaína deixou a desejar, como admitido pelo próprio diretor esportivo em diversas ocasiões, e os últimos jogos no Campeonato Brasileiro deixaram evidente uma carência: a posição de lateral-direito.
Puma Rodríguez, que era uma grande aposta para a posição, não correspondeu às expectativas e perdeu espaço com Ramón Díaz. Com Gabriel Dias novamente machucado, o técnico tem improvisado Robson nessa posição. No entanto, o zagueiro, que já recebia muitas críticas em sua posição de origem, não tem se saído muito melhor como improvisado. A única vantagem é que ele comete menos erros do que Pumita, mas isso não significa muito.
Embora ainda contribua defensivamente dentro de suas limitações, Robson é totalmente ineficiente no ataque, o que deixa uma lacuna importante naquele lado do campo. Nas poucas vezes em que sobe, o zagueiro não consegue influenciar o jogo de forma significativa. Com isso, o lado esquerdo fica sobrecarregado.
No lado esquerdo…
Por outro lado, Lucas Piton tem se destacado na lateral esquerda, sendo inclusive o líder em cruzamentos precisos no Brasileirão. Ele forma uma boa dupla com Gabriel Pec, que costuma se dedicar e participar do jogo, mas comete muitos erros na tomada de decisão. De qualquer forma, a lateral esquerda não é um problema para o Vasco.
A janela de transferências já fechou, mas ainda é possível contratar um jogador livre no mercado. Seria melhor ter resolvido a questão da lateral-direita antes do fechamento da janela, como foi mencionado na negociação com Robert Rojas, mas isso não deu certo. E qual é o plano B? No jogo contra o Palmeiras, por exemplo, o lance que resultou no gol de Raphael Veiga veio pelo lado direito. Essa área está vulnerável e pode ser explorada pelos adversários.
Uma chance para os jovens?
Outra opção seria dar uma oportunidade ao jovem Paulinho, destaque nas categorias de base do Vasco. Porém, não seria o momento mais adequado para colocar um jogador jovem em campo, devido à pressão do momento e à luta contra o rebaixamento. O caso de Rayan é um exemplo disso, um atacante que se destaca nas categorias de base, mas ainda não rende tanto no profissional, o que é normal, afinal, ele tem apenas 16 anos.
Não é culpa de Ramón testar diferentes possibilidades, como colocar Robson na lateral-direita, já que ele tem um elenco muito limitado à sua disposição. O erro está no planejamento horrível da diretoria, que cometeu erros e persiste neles. Contratar Payet e/ou escapar do rebaixamento não apagará os erros cometidos com o maior orçamento da história do futebol do Vasco.