– Mesmo considerando um jogo equilibrado entre as equipes, o destaque foi a eficácia. Parabéns ao nosso adversário, que foi mais eficaz – declarou o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, após a derrota por 1 a 0 fora de casa para o Botafogo.
O Botafogo é o quinto em número de finalizações no campeonato (média de 11,8 por partida), mas é a equipe mais eficaz ofensivamente. Foram apenas 200 conclusões e 28 gols marcados, ou seja, um gol a cada 7,1 finalizações.
O Palmeiras, que liderou o ranking de finalizações com 308 chutes (54% a mais que o Botafogo) e 24 gols (excluindo gols contra), tem a sexta pior eficiência do campeonato. Mesmo com uma defesa sólida, não resistiu à eficácia da equipe botafoguense.
O Palmeiras esteve em campo em três dos cinco jogos com mais finalizações no Brasileirão, tendo uma média de 74% mais chutes que os adversários e vencendo todos. Contra o Botafogo, foi diferente, com apenas uma finalização a mais e resultando em derrota.
As estatísticas de finalização do Botafogo indicam um potencial de 22 gols, porém a equipe conseguiu marcar 28. Mesmo finalizando menos, conquistou a liderança derrotando times como Palmeiras e Flamengo. O confronto contra o São Paulo encerra o primeiro turno, no Morumbi.
Abaixo, a média de xG por jogo, número de gols marcados, expectativa de gols e eficiência das equipes no ataque:
Desempenho ofensivo, média por partida e eficiência
São Paulo em quarto lugar
O São Paulo, quarto colocado, aparece no gráfico como a equipe com a defesa menos exposta a finalizações de alto risco. No entanto, a eficácia do Botafogo contrasta com o desempenho são-paulino.
A defesa do São Paulo é a sexta menos vazada do campeonato, sofrendo um gol a cada 9,7 finalizações. Fora de casa, a equipe enfrenta maiores problemas, com um gol a cada 7,6 chutes contrários, a terceira pior defesa como visitante. Já em casa, sofre um gol a cada 18 finalizações, o quinto melhor desempenho.
As características das finalizações sofridas indicavam um potencial de 15 gols, porém o time levou 17, mostrando ineficiência estatística na defesa.
Nível de risco defensivo por partida e eficácia em xGa
Metodologia utilizada
As estatísticas são baseadas no modelo de “Gols Esperados” (xG), considerando diversas variáveis para analisar o desempenho dos times. O modelo empregado segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, calculando as probabilidades de gols em um intervalo de tempo. Para prever os resultados do campeonato, foi utilizado o método de Monte Carlo, realizando simulações para cada jogo não disputado.
Fonte: Blog Espião Estatístico – ge