No entanto, uma frase específica desencadeou o processo de demissão que vinha sendo discutido nos bastidores da empresa há mais de 20 dias: o trecho da conversa com o jornalista no qual o diretor justifica as críticas sobre sua insistência em trazer jogadores agenciados pelo empresário André Cury.
“Quem me indicou o nome do Breno foram eles próprios. Para mim, não faz diferença quem venha (sic). Até porque, como já mencionei diversas vezes, não tenho a autoridade para decidir sim ou não. Quem escolhe ou aprova são a comissão técnica e os olheiros da 777. Minha função é executar o que me é autorizado. Sem problemas. E está tudo certo.”
Vale ressaltar que Ramon e Emiliano Diaz reclamaram de Mattos por ele ter demorado a concretizar a contratação do atacante André Silva, do Vitória de Guimarães. O executivo insistia na contratação de Breno Lopes, do Palmeiras, agenciado por Cury.
O CEO Lúcio Barbosa se limitou a justificar a demissão de Mattos por “quebra de confiança”. No entanto, pessoas ligadas à gestão do futebol vascaíno relatam que o conselho da 777 considerou que a explicação do diretor nas mensagens trocadas com o jornalista violou os protocolos de confidencialidade e demonstrou falta de comprometimento com os interesses do clube. Além disso, ele chegou a compartilhar a conversa com um amigo (sic).
É surpreendente que um profissional reconhecido por construir equipes competitivas em diferentes clubes, tenha optado por se rotular como incompetente e omisso. O desempenho de Mattos no Vasco, durante seus 90 dias no clube, não atendeu às expectativas, culminando em sua ausência na coletiva pós-eliminação para o Nova Iguaçu, momento no qual ele deveria ter assumido a responsabilidade pelo fracasso.
Fonte: Blog Gilmar Ferreira