Abel foi convidado por Getúlio Vargas e Isabel Barbosa, idealizadores do projeto, para compartilhar suas experiências no que diz respeito à liderança no futebol. Após participar do evento, em uma conversa com profissionais da imprensa, ele abordou a crise interna que ocorreu na SAF do Cruz-Maltino, clube no qual atuou na última temporada.
A experiência de Abel Braga em São Januário em 2023 foi como diretor técnico, trabalhando com as equipes de Mauricio Barbieri e Ramón Díaz, e estabelecendo relações com Paulo Bracks, diretor executivo que fazia parte da empresa norte-americana 777 Partners. Meses depois, Abel ainda tenta digerir sua saída.
“Paulo Bracks foi dispensado na segunda-feira após permanecer na primeira divisão. Fiquei profundamente triste, pois não compreendi. Muitos dos jogadores, membros da comissão técnica, foram contratados por ele. Quando ele saiu, eu disse ‘se ele sair, estou fora também’. Fui levado por ele”, ressaltou Abel.
A temporada de 2023 foi marcada por mais momentos ruins do que bons, com o Vasco escapando do rebaixamento apenas na última rodada do Brasileirão, após vencer o Red Bull Bragantino por 2 a 1 em São Januário. Mesmo enfrentando turbulências, o clube fez mudanças e contratou Alexandre Mattos para substituir Bracks. O profissional passou por uma crise pessoal com a 777 e acabou sendo demitido pela empresa por “falta de confiança”.
“Eu gostei desse trabalho. O Vasco não teve problemas no vestiário, nem casos de indisciplina. Foi muito bom, me beneficiou, pude conhecer uma nova área. Sobre o Mattos, não tenho muito a acrescentar. Ele saiu chateado pela maneira como as coisas aconteceram, tentou explicar… Quando eu estava lá, quem lidava com eles (777) era o Paulo Bracks. Todo mundo achou isso muito estranho.”
Fonte: O Dia