Proveniente da linhagem de Carlos Alberto Torres, o ex-defensor Alexandre Torres trilhou um caminho de sucesso nos gramados, atuando por apenas três agremiações: Fluminense, Vasco da Gama e Nagoya Grampus. Em recente entrevista ao canal “RTI Esporte” no YouTube, o antigo jogador relembrou sua jornada no futebol e a volta ao Brasil após um período de cinco anos no Japão.
“Encerrei a temporada de 1999 de maneira positiva no futebol nipônico, porém, a satisfação de jogar lá havia se esvaído. O clube chegou a contratar um treinador brasileiro e tivemos melhorias, cogitando a renovação do meu contrato, porém, surgiu o Vasco da Gama. Conversei com três equipes naquela época, mas a escolha foi o Vasco. Já havia tido ótimas experiências atuando pelo clube, que visava o Mundial de Clubes e contava com um elenco repleto de craques. Optei pelo Vasco, encerrando ali minha carreira, decisão da qual não me arrependo”, afirmou Alexandre Torres, relembrando o contato com o Gigante da Colina.
“O primeiro contato ocorreu por intermédio de um empresário que me fez a proposta. Enquanto considerava renovar no futebol japonês almejando dois anos, a oferta recebida foi de apenas um. Comuniquei isso ao empresário e, então, surgiu a proposta de dois anos junto ao Vasco. Havia um prazo para dar a resposta e ser inscrito, por isso aceitei. Informei ao clube nipônico minha decisão de saída, momento em que mencionaram a possibilidade de terem ofertado também dois anos, porém já era tarde. Essa foi a situação. Infelizmente, não cheguei a disputar o Mundial, pois havia acabado de chegar e, até hoje, não compreendo como o Vasco não sagrou-se campeão naquela competição”, avaliou Alexandre Torres.
Alexandre Torres quase vestiu o manto do Flamengo?
Alexandre Torres afirmou que esteve próximo de defender outro gigante do futebol brasileiro antes de rumar ao Japão. O Flamengo chegou a manifestar interesse após sua saída do Vasco, porém, o acerto com o Nagoya Grampus já estava selado.
“Quando finalizei meu contrato com o Vasco, em 1994, o Flamengo tentou me contratar. Todavia, naquela ocasião, eu já havia acertado com o Nagoya Grampus. Durante minha estada no Japão, recebi propostas do Fluminense e do Grêmio, mas o Nagoya Grampus não cogitou negociar. Respeitei meu contrato e permaneci”, revelou Alexandre Torres.
Naquela época, o cenário futebolístico era distinto e o defensor precisou adotar uma estratégia em uma de suas renovações com o Fluminense para se manter valorizado no mercado brasileiro no início dos anos 90.
“Naquela época, as circunstâncias eram bem peculiares. Na minha última renovação com o Fluminense, solicitei uma carta fixando um valor para minha transação. Não havia um preço definido e eles atribuíam o valor que desejavam. Assim, quando deixei o Fluminense rumo ao Vasco, eles concordaram em pagar esse montante. O mesmo ocorreu na minha transferência do Vasco para o futebol japonês”, concluiu Alexandre Torres.
O ex-zagueiro encerrou sua carreira em 2001, vestindo a camisa do Vasco da Gama. Em sua última temporada no Brasil, atuou em 32 partidas pelo clube carioca e balançou as redes adversárias em uma oportunidade. Além disso, Alexandre Torres teve passagens pela Seleção Brasileira.
Fonte: RTI Esporte