Pedrinho, presidente do Vasco, e Josh Wander, sócio da 777 Partners — Foto: Reprodução
Um pedido de esclarecimentos foi protocolado na Câmara de Arbitragem no dia 9 de janeiro, conforme um documento acessado pela reportagem. Nele, a 777 enfatiza que Ana Tereza Basílio trabalha em conjunto com Paulo Salomão, vice-presidente do Vasco e um dos principais responsáveis pelas ações legais que fizeram os americanos perderem o controle sobre a SAF.
Ana Tereza assumiu a presidência da OAB do Rio de Janeiro, cargo que conquistou em 24 de novembro. Paulo César Salomão Filho é um de seus conselheiros e atua como representante da entidade no Conselho Federal. Além disso, eles colaboram em processos de recuperação judicial, como nas situações das Lojas Americanas e da Oi, um ponto que foi destacado no questionamento da 777.
A Câmara de Arbitragem foi criada na Fundação Getúlio Vargas (FGV) para resolver o impasse entre Vasco e 777 a respeito da SAF. Inicialmente, deveria ser feita a escolha de três árbitros — um indicado por cada parte e um terceiro independente —, mas o processo já encontrou obstáculos nesta fase.
Paula Andrea Forgioni, com um extenso currículo em mediações de arbitragem, seria a presidente da comissão, mas sua nomeação foi contestada, resultando em sua desistência. Assim, a mesa ficou sem um presidente, contando apenas com os dois membros indicados: Ana Tereza no caso da associação e Maurício Almeida Prado pela 777.
Nos tribunais, o Vasco busca a rescisão dos contratos que representaram a venda de 70% da SAF para os americanos, enquanto a 777 quer retomar o controle sobre o clube-empresa. Sem a definição dos árbitros, o processo pode se arrastar por um período considerável.
No panorama geral, as ações dos americanos sinalizam uma tentativa de retomar posições para participar da venda de seus ativos no futebol. Joshua Wander e Steven Pasko, sócios da 777 Partners, têm enfrentado pressão de credores do grupo, como a seguradora A-Cap, que busca vender seus clubes para recuperar os investimentos.
São eles, Wander e Pasko, que contrataram os novos escritórios de advocacia no Brasil e estão se movendo para se manter no jogo.
Fonte: ge
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