O relator designado para o caso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é Cesar Cury, que terá a prerrogativa de deliberar individualmente ou submeter a questão ao plenário, com a análise de outros dois desembargadores. Antes da decisão judicial, a 777 emitiu comunicado nesta terça-feira lamentando o atraso no pagamento de direitos de imagem aos atletas do Vasco.
Além disso, o proprietário da Crefisa, José Roberto Lamacchia, desistiu da ideia de adquirir a SAF do Vasco. Embora tenha negociado valores com a 777 nos últimos meses, optou por não prosseguir com a transação, por enquanto.
Inicialmente, ao receber abordagens de interessados no final de 2023, a 777 rejeitou qualquer proposta pela SAF vascaína. Porém, essa postura foi alterada nos últimos meses.
Em meio a dificuldades financeiras, a empresa americana sinalizou a disposição de ceder a SAF do Vasco. O valor estipulado pela 777 é de R$ 600 milhões para concluir o negócio. Ademais, qualquer interessado em adquirir a entidade deverá cumprir os dois últimos aportes acordados no contrato com a empresa americana, em setembro de 2024 e 2025, totalizando R$ 390 milhões mais correção monetária.
A 777 também acionou a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Conforme apurado pelo ge, a representação diplomática solicitou informações e iniciou averiguação sobre o caso. Pessoas próximas à 777 explicam que a intenção é identificar possíveis irregularidades na decisão liminar proferida pelo juiz Paulo Assed Estefan. Caso se comprove, a embaixada poderá considerar a situação como um ataque aos interesses financeiros americanos no Brasil.
Esse movimento representa uma medida de precaução da 777 do ponto de vista jurídico e financeiro. A empresa já protocolou sua habilitação no processo, preparando-se para interpor o recurso.
SAF também recorre da decisão
A SAF do Vasco interpôs um recurso na Justiça nesta segunda-feira contra a liminar que despojou a 777 Partners do controle do futebol e o repassou ao lado associativo. A solicitação da empresa prevê a restrição dos poderes do CRVG, caso a liminar não seja revogada, e propõe a formação de um Conselho Administrativo equilibrado entre os sócios.
Fontes ligadas à SAF do Vasco alegam que o recurso contra a liminar favorável ao clube associativo visa “preservar a governança da SAF e seus funcionários”.
Ademais, a SAF requer que a 777 Partners perca o direito político em relação ao capital que ainda não foi aportado, referindo-se aos próximos dois aportes pendentes, e que o clube associativo se restrinja aos 30% que detinha antes da liminar.
Fonte: ge